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domingo, 9 de setembro de 2012

SENHORA, JOSÉ DE ALENCAR


TESTE DE LÍNGUA PORTUGUESA
Quitação
 [...] A moça arrastou uma cadeira e colocou-se em face do marido, cujas faces crestava o seu hálito abrasado.
— Não careço dizer-lhe que amor foi o meu, e que adoração lhe votou minha alma desde o primeiro momento em que o encontrei. Sabe o senhor, e se o ignora, sua presença aqui nesta ocasião já lhe revelou. Para que uma mulher sacrifique assim todo seu futuro, como eu fiz, é preciso que a existência se tornasse para ela um deserto, onde não resta senão o cadáver do homem que a assolou para sempre
Aurélia calcou a mão sobre o seio para comprimir a emoção que a ia dominando.
[...]
— Conheci que não amava-me, como eu desejava e merecia ser amada. Mas não era sua a culpa e só minha que não soube inspirar-lhe a paixão, que eu sentia. Mais tarde, o senhor retirou-me essa mesma afeição com que me consolava e transportou-a para outra, em quem não podia encontrar o que eu lhe dera, um coração virgem e cheio de paixão com que o adorava. Entretanto, ainda tive forças para perdoar-lhe e amá-lo.
A moça agitou então a fronte com uma vibração altiva:
— Mas o senhor não me abandonou pelo amor de Adelaide e sim por seu dote, um mesquinho dote de trinta contos! Eis o que não tinha o direito de fazer, e que jamais lhe podia perdoar! Desprezasse-me embora, mas não descesse da altura em que o havia colocado dentro de minha alma. Eu tinha um ídolo; o senhor abateu-o de seu pedestal, e atirou-o no pó. Essa degradação do homem a quem eu adorava, eis o seu crime; a sociedade não tem leis para puni-lo, mas há um remorso para ele. Não se assassina assim um coração que Deus criou para amar, incutindo-lhe a descrença e o ódio.
Seixas, que tinha curvado a fronte, ergueu-a de novo, e fitou os olhos na moça. Conservava ainda as feições contraídas, e gotas de suor borbulhavam na raiz de seus belos cabelos negros.
— A riqueza que Deus me concedeu chegou tarde; nem ao menos permitiu-me o prazer da ilusão, que têm as mulheres enganadas. Quando a recebi, já conhecia o mundo e suas misérias; já sabia que a moça rica é um arranjo e não uma esposa; pois bem, disse eu, essa riqueza servirá para dar-me a única satisfação que ainda posso ter neste mundo. Mostrar a esse homem que não me soube compreender, que mulher o amava, e que alma perdeu. Entretanto ainda eu afagava uma esperança. Se ele recusa nobremente a proposta aviltante, eu irei lançar-me a seus pés. Suplicar-lhe-ei que aceite a minha riqueza, que a dissipe se quiser; consinta-me que eu o ame. Essa última consolação, o senhor a arrebatou
ALENCAR.José de. Senhora
1.      na sua primeira fala aurelia descreve o sentimento que nutria por Fernando. Que tipo de amor a moça declara ter sentido por ele?
a.      Que efeito tem sobre ela a sua decepção  em relação a esse amor?
 
b.     De que maneira essa decepção explica a decisão de Aurélia de comprar Fernando?
 
2.     O fato de Fernando tê-la abandonado por outra mulher não é o que motiva a vingança de Aurélia. Explique por quê?
 
3.     Releia:
— A riqueza que Deus me concedeu chegou tarde; nem ao menos permitiu-me o prazer da ilusão, que têm as mulheres enganadas. Quando a recebi, já conhecia o mundo e suas misérias; já sabia que a moça rica é um arranjo e não uma esposa [...]
a.      Qual é a dura crítica feita por Aurélia a um comportamento da sociedade em que vive?
 
4.     Por que Aurélia diz a Fernando que ainda tinha uma esperança em relação a ele: que sua proposta de casamento fosse recusada?
 
5.     A respeito da personagem Pereira de Visconde de Taunay, é correto afirmar:
 
a) Ele ilustra um modelo de sertanejo cômico, de caráter duvidoso e sujeito a recorrer à mentira, porém de uma simpatia cativante.
b) Ele representa o sertanejo em alguns de seus aspectos mais se conservadores, sobretudo no que diz respeito à criação da filha.
c) Taunay caracteriza-o como um misto de sertanejo e cientista, propondo homem à frente de seu tempo.
d) Suas falas, sempre demonstrando erudição, representam o esforço de Taunay evitar o estereótipo do sertanejo inculto.
 
6. N o período “A moça arrastou uma cadeira e colocou-se em face do marido, cujas faces crestava o seu hálito abrasado”, há uma conjunção que serve para ligar uma oração a outra. Esse conectivo tem valor semântico de:


a. adição
b. oposição
c. alternância
d. conclusão


7. “— Conheci que não amava-me, como eu desejava e merecia ser amada. Mas não era sua a culpa e só minha que não soube inspirar-lhe a paixão, que eu sentia.” A conjunção como, tem o mesmo valor semântico  da que está em destaque na alternativa.
 
a. agiu como louco.
b. Como não o conhecia pedi que se retirasse da escola.
c. Como já o conhecia aceitei sua proposta.
d. Ele agiu como estava no contrato.
 
       8. “Mais tarde, o senhor retirou-me essa mesma afeição com que me consolava e transportou-a para outra, em quem não podia encontrar o que eu lhe dera, um coração virgem e cheio de paixão com que o adorava. Entretanto, ainda tive forças para perdoar-lhe e amá-lo.”
A conjunção em destaque pode ser substituída sem alteração de sentido por :

a.      Contudo
b.     Logo
c.      Por isso
d.     e

9. “Nessa manhã, o coronel ia andando devagar entre os cacaueiros. Ali , antes havia uma grande mata.”

As palavras sublinhadas no período acima relacionam-se, respectivamente, às circunstâncias de:

a) lugar, tempo, lugar. b) lugar, modo, causa.  c) tempo, modo, lugar. d) tempo, lugar, tempo
 
 
10. Leia

Explique a ambiguidade causada pela preposição “com”,  no 2º quadrinho.
 
Ela usaria o óculos para bater, ou bateria em um camarada que usava óculos

 

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