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domingo, 25 de dezembro de 2022

SIMBOLISMO - ATIVIDADE

 

ATIVIDADE - SIMBOLISMO

PARA RESPONDER  APONTE A CÂMERA DO SEU CELULAR PARA OS QR CODES

1. (L.P.Truques e Táticas) Leia o poema e explique a contraposição entre alma e matéria ( valor da questão 2,0)

 



Livre! Ser livre da matéria escrava,
arrancar os grilhões que nos flagelam
                                                           
e livre penetrar nos Dons que selam
a alma e lhe emprestam toda a etérea lava.

Livre da humana, da terrestre bava
dos corações daninhos que regelam,
quando os nossos sentidos se rebelam
contra a Infâmia bifronte que deprava.

Livre! Bem livre para andar mais puro,
mais junto à Natureza e mais seguro
do seu Amor, de todas as justiças.

Livre! Para sentir a Natureza,
para gozar, na universal Grandeza,
Fecundas e arcangélicas preguiças.

2.No poema Livre, o sujeito fala sobre o espaço terreno e aqueles que nele habitam. Qual é a visão que ele tem sobre os homens e a sociedade? ( 2,0)

 

 

 

 

 

3. (L.P.Truques e Táticas) Identifique as características do Simbolismo presentes no poema, considerando a produção literária de Cruz e Sousa.( 1,0)

 

 

 

 

4. (L.P.Truques e Táticas) Leia o poema Ismália de Alphonsus de Guimaraens

Ismália



Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar…
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

 


No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar…
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar…

 

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar…
Estava perto do céu,
Estava longe do mar…

 

E como um anjo pendeu
As asas para voar…
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar…

 

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par…
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar…

 

                                   (Alphonsus de Guimaraens)

 

O poema Ismália narra um fato através da sugestão, uma das principais características do Simbolismo. Comente como a temática é sugerida nesse texto. ( 2,0)

 

 

 

 

 

5(L.P.Truques e Táticas) Leia o poema a seguir.

Hão de chorar por ela os cinamomos, de Alphonsus de Guimaraens



Hão de chorar por ela os cinamomos, (A)
Murchando as flores ao tombar do dia. (B)
Dos laranjais hão de cair os pomos, (A)
Lembrando-se daquela que os colhia. (B)

As estrelas dirão — "Ai! Nada somos, (A)
Pois ela se morreu silente e fria.. . " (B)
E pondo os olhos nela como pomos, (A)
Hão de chorar a irmã que lhes sorria. (B)

A lua, que lhe foi mãe carinhosa, (C)
Que a viu nascer e amar, há de envolvê-la (D)
Entre lírios e pétalas de rosa.        (C)

Os meus sonhos de amor serão defuntos... (E)
E os arcanjos dirão no azul ao vê-la, (D)



Pensando em mim: — "Por que não vieram juntos?" (E)

 

Vocabulário

Cinamomo – tipo de árvore que se extrai substâncias aromatizantes e medicinais, como a canela.

Silente - Silenciosa.

 

 Identifique a figura de linguagem que se destaca nas 3 primeiras estrofes e explique o sentido que ela atribui ao texto. (2,0)

 

 

 

 

 

6. (L.P.Truques e Táticas) De que forma o misticismo, característica do Simbolismo, está presente no poema? (1,0)

 

 

 

ENTENDA, DE FORMA FÁCIL, A DIFERENÇA ENTRE CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO


 

ARTIGO DE OPINIÃO - ATIVIDADE

 

A partir do artigo de opinião abaixo, estudaremos os seguintes elementos desse gênero:

Questão polêmica

Vozes presente no artigo de opinião

O esquema argumentativo: introdução, desenvolvimento, conclusão

Depois da leitura do artigo, leia com atenção os argumentos usados para a defesa da tese. Veja como eles foram organizados pelo articulista.

Os argumentos são elaborados a partir da contestação das posições do “senso comum” e dos “conservadores” em favor do voto facultativo.
Resumidamente, envolvem os seguintes passos: com base em informações históricas, o jornalista contesta a tese de seus opositores, de que o voto facultativo corrigiria distorções como o curral eleitoral (§1); e afirma que “sendo obrigatório ou facultativo, o voto pode se tornar mercadoria”. Portanto, a explicação para a existência dos currais eleitorais não pode ser a obrigatoriedade do voto: “A coerção que encurrala eleitores é de outra natureza e tem a ver com o peso do poder econômico” (§2).
Com base nessas ideias, Léo Lince desenvolve uma série de argumentos capazes de justificar sua defesa do voto obrigatório:
a) A “liberdade” de não comparecer às urnas é uma “falsa conquista, baseada em perigoso conceito de liberdade individual, que pode comprometer a realização do princípio republicano da soberania popular”.
b) O voto não é apenas um direito duramente conquistado, mas um dever que, não sendo cumprido, descaracteriza o direito de votar. A democracia não é apenas um meio, mas um fim em si mesma. “Para que o sufrágio continue universal, para que todo poder emane do povo e não dos donos do poder econômico, o voto, além de um direito, deve conservar a sua condição de um inarredável dever civil”.
c) A proposta do voto facultativo desloca o eixo da questão: “a consagração da alienação política como um direito legal interessa aos conservadores. Reduz o peso da soberania popular e desconstitui o sufrágio como universal”.
d) “Ganha com a mudança quem deseja o povo como ‘maioria silenciosa’, gigante adormecido, aglomerado de consumidores”. Assim, “a redução da universalidade do sufrágio se expressa como exclusão social e elemento efetivo de cristalização do poder nas mãos da ‘classe política’”.
e) “No quadro brasileiro atual, o voto facultativo é uma das faces (a mais simpática) da investida conservadora”. “Para o cidadão ativo, (…) a liberdade de não ir votar é [portanto] uma armadilha”.

EM DEFESA DO VOTO OBRIGATÓRIO

Léo Lince

Correio Cidadania

29/05/2015

Existe, no senso comum, um mal-estar em relação ao voto obrigatório. Toda obrigação incomoda. Este fato, indiscutível, favorece os defensores do voto facultativo, que ademais apresentam sua proposta como expressão da postura libertária e como fator de desmonte de algumas distorções que, de fato, existem em nosso sistema eleitoral.

O "curral eleitoral" e a compra de votos seriam distorções eliminadas pelas simples presença do voto facultativo. Falso. Na República Velha, o voto era facultativo e os currais proliferavam. O voto obrigatório foi implantado na década de 30 e os curais continuam a operar até hoje. Ou seja, sendo obrigatório ou facultativo, o voto pode se tornar mercadoria. A coerção que encurrala eleitores é de outra natureza e tem a ver com o peso do poder econômico. O quadro atual, marcado pelo desencanto com a política e pela descrença no voto como instrumento de mudança - elementos que favorecem a cristalização do poder de quem já está por cima - também joga água no moinho dos que defendem o voto facultativo.

Apresentado como uma vitória da liberdade, o voto facultativo se recobre com as feições sedutoras da rebeldia. Desobrigado de votar, o indivíduo ficaria mais “livre” ao deixar de “perder” aquele pedaço do dia em que, de dois em dois anos, comparece na sessão eleitoral. Falsa conquista, baseada em perigoso conceito de liberdade individual, que pode comprometer a realização do princípio republicano da soberania popular.

O voto, para os que defendem sua obrigatoriedade, além de um direito duramente conquistado, deve ser considerado um dever, sem o exercício do qual aquele direito se descaracteriza ou se perde.  A liberdade e a democracia não são meros meios, são fins cuja permanência depende da eterna vigilância e do trabalho continuado de seus defensores. Logo, quem vive numa comunidade política não pode estar desobrigado de opinar sobre os seus rumos.

Essa é uma ideia que vem de longe, dos tempos da Revolução Francesa, ancorada em formulação de Jean-Jacques Rousseau. Segundo ele, o cidadão só pode ser o soberano da política se ao mesmo tempo for "escravo" do processo que constitui a "vontade geral".  Ou seja, o poder político só emanará do povo se o povo participar da política. Nada contra a desobediência civil ou demais formas de protesto político que vão além do momento eleitoral. A insatisfação contestatória, aliás, também pode se expressar no voto nulo, cuja tecla deveria constar na máquina de votar.

O voto facultativo desloca o eixo da questão.  Com ele, o direito de votar e o de não votar ficam inscritos, em pé de igualdade, no corpo legal. Uma parte do eleitorado deixará voluntariamente de opinar sobre a constituição do poder político. O desinteresse pela política e a descrença no voto serão registrados como mera “escolha”, sequer como desobediência civil ou protesto. A consagração da alienação política como um direito legal interessa aos conservadores. Reduz o peso da soberania popular e desconstitui o sufrágio como universal.

Ganha com a mudança quem deseja o povo como “maioria silenciosa”, gigante adormecido, aglomerado de consumidores, nunca como titular soberano e organizado do poder político. Nos EUA, onde o voto é facultativo, a abstenção eleitoral é enorme e tende a se perpetuar, ao longo do tempo, nos mesmos grupos sociais e étnicos, especialmente entre os discriminados socialmente. A redução da universalidade do sufrágio se expressa como exclusão social e elemento efetivo de cristalização do poder nas mãos da “classe política”.

No quadro brasileiro atual, o voto facultativo é uma das faces (a mais simpática) da investida conservadora.  O "estado mínimo" da macroeconomia neoliberal demanda, para o seu bom funcionamento, a teoria da representação mínima. Encolher o tamanho do eleitorado com o voto facultativo; reduzir o número de partidos com a cláusula de barreira; eliminar parte dos votos válidos com o distrital-majoritário. Querem reduzir a participação política, eliminar partidos e esterilizar o voto da oposição contestadora.

Para o cidadão ativo, que além de votar se organiza para garantir os direitos civis, políticos e sociais, o enfoque deve ser inteiramente outro. A liberdade de não ir votar é uma armadilha. O tempo dedicado ao acompanhamento continuado da política não deve se apresentar como restritivo da liberdade individual. Pelo contrário. É compromisso livre com a democracia participativa, indispensável ao exercício pleno de todas as liberdades, inclusive as individuais. Para que o sufrágio continue universal, para que todo poder emane do povo e não dos donos do poder econômico, o voto, além de um direito, deve conservar a sua condição de um inarredável dever civil.

CORREIO,Cidadaniahttps://www.correiocidadania.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=10806:submanchete290515&catid=13:leo-lince&Itemid=87.

CONHECENDO A ESTRUTURA E CARACTERÍSTICAS DO GÊNERO “ARTIGO DE OPINIÃO.

1.                   A questão polêmica a que o artigo pretende responder é:

A.                 A liberdade de não ir votar é uma armadilha?

B.                 O voto obrigatório favorece o curral eleitoral?

C.                  Os brasileiros não sabem votar?

D.                 O voto deve ser obrigatório?

E.                 O voto obrigatório restringe a liberdade do indivíduo na sociedade?

 

2.                  A tese defendida pelo articulista do texto acima é:

A.                 “O voto, além de um direito, deve conservar a sua condição de um inarredável dever civil”.

B.                  Ganha com a mudança quem deseja o povo como “maioria silenciosa”.

C.                   O desinteresse pela política e a descrença no voto serão registrados como mera “escolha”.

D.                 “O voto facultativo se recobre com as feições sedutoras da rebeldia”.

E.                 “A liberdade de não ir votar é uma armadilha”.

3.                  Uma das características do artigo de opinião é apresentar vozes contrárias à tese do articulista. Identifique partes do texto em que isso ocorre.

 

4. Há uma opinião do autor em:

A.                 Essa é uma ideia que vem de longe, dos tempos da Revolução Francesa, ancorada em formulação de Jean-Jacques Rousseau.

B.                 O voto, além de um direito, deve conservar a sua condição de um inarredável dever civil.

C.                  Na República Velha, o voto era facultativo e os currais proliferavam.

D.                 Nos EUA, onde o voto é facultativo, a abstenção eleitoral é enorme.

E.                 O voto obrigatório foi implantado na década de 30.

 “O quadro atual, marcado pelo desencanto com a política e pela descrença no voto como instrumento de mudança - elementos que favorecem a cristalização do poder de quem já está por cima - também joga água no moinho dos que defendem o voto facultativo. ”

5. (  L P.Truques e Táticas)O último período do trecho acima traz uma característica do artigo de opinião usada pelo articulista como estratégia para fortalecer a sua argumentação. Trata-se da

A. Voz do opositor 

B. Ênfase da questão polêmica

C. Apresentação de provas

D. Tese defendida 

E. Exemplos como estratégia argumentativa 

6.( L P. Truques e Táticas)”também joga água no moinho dos que defendem o voto facultativo.” Considerando o sentido da expressão em destaque, percebe-se que a sua função é 

A. fortalecer a não obrigatoriedade do voto, ideia defendida pelo articulista 

B. Fortalecer o voto facultativo, ideia com a qual o articulista não concorda .

c. Exemplificar pontos positivos do voto facultativo 

D. Enfatizar a não obrigatoriedade do voto como liberdade de cada indivíduo. 

E. Mostrar um posicionamento que vai ao encontro da tese defendida no artigo.

7(LP.Truques e Táticas).Para que o sufrágio continue universal, para que todo poder emane do povo e não dos donos do poder econômico, o voto, além de um direito, deve conservar a sua condição de um inarredável dever civil.

O primeiro e segundo período do fragmento acima indicam circunstância de

A.                 Causa

B.                 Consequência 

C.                  Finalidade

D.                 Conformidade

E.                 Proporcionalidade 

8. Caso você fosse contrário a tese do articulista, qual seria o seu principal argumento para contestá-la.

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