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sábado, 18 de maio de 2019

Prova Pré-Modernismo ( Clara dos Anjos, Triste Fim de Policarpo Quaresma, Velha Praga,Urupês)

Prova Pré-Modernismo ( Clara dos Anjos, Triste Fim de Policarpo Quaresma, Velha Praga,Urupês)
1.       Observe a imagem.


 A imagem da casa corrobora com a expressão dura e amarga com que Monteiro Lobato retratou a moradia do Jeca no artigo “Velha Praga”. Não condiz com a descrição da casa do caboclo
(A)  “A tarefa se lhes resume em especar muros que deitam ventres, escorar paredes rachadas e remenda-las mal e mal”.
(B)   “Na mansão de Jeca a parede dos fundos bojou para fora um ventre empanzinado, ameaçando ruir”.
(C)   “Sua casa de sapé e lama faz sorrir aos bichos que moram em toca e gargalhar ao joão-de-barro”.
(D) “Uma choça, que por eufemismo chamam casa, brota da terra como um urupê”.
(E)   Uma choça com pouca mobília, porém bem cuidada para garantir a permanência do caboclo em terras alheias.

2.    Leia o trecho abaixo.
...quando comparece às feiras, todo mundo logo advinha o que ele traz: sempre coisas que a natureza derrama pelo mato e ao homem só custa o gesto de espichar a mão e colher – cocos de tucum ou jiçara, guabirobas, bacuparis, maracujás, jataís, pinhões, orquídeas ou artefatos de taquarapoca – peneiras, cestinhas, samburás, tipitis, pios de caçador ou utensílios de madeira mole – gamelas, pilõezinhos, colheres de pau...

   Essa visão do caboclo pouco civilizado contrasta com a ideia de que ele
(A)  é incapaz de realizar qualquer esforço em favor de seu conforto.
(B)   Preocupa-se em espremer as consequências da lei do menor esforço
(C)   se adapta à natureza em lugar de transformá-la.
(D)  sobrevive graças ao que a natureza oferece.
(E)  espera o tempo da colheita por respeito à natureza

3.No fragmento do artigo “Velha praga” “(...) Coexistem em intensa simbiose: sapé e caboclo são vidas associadas (...)”. A alternativa que explica a metáfora destacada é:

(A)    Retratam o meio social brasileiro com foco nos elementos naturais e no cidadão comum.
(B)    A predominância da condição natural sobre a condição humana.
(C)    O sapé e o caboclo revelam a precariedade.
(D)   Ambos explicitam a ausência de civilização.
(E)    Condição de parasitismo do caipira.

4.Ao mostrar o caboclo como um inapto em seus artigos “Velha praga” e “Urupês”  Monteiro Lobato dá ênfase ao caráter biológico/racial que dialoga com a corrente cientifica do
A.     Positivismo.
B.     Darwinismo.
C.      Determinismo.
D.   Naturalismo
E.     Socialismo.

5. (L.P. Truques e Táticas). Publicado em 1918, Urupês é uma coletânea de 14 contos, tendo como ênfase a vida quotidiana do caboclo através de seus costumes, crenças e tradições. Sobre o conto Urupês, destaque dessa obra de Monteiro Lobato é correto afirmar que:
(A) a personagem de Jeca representa a miséria e atraso econômico do país de então, e o descaso do governo em relação ao Brasil rural.
(B) a obra tematiza a disputa por terras entre os grandes proprietários
(C) o pequeno agricultor representado por Jeca Tatu é um tipo bem assistido pelo governo
(D) o espaço rural onde habita Jeca Tatu é idealizado pelo autor, já que a natureza a sua volta é sempre bela e acolhedora
(E) nesse conto, o personagem Jeca Tatu é um pequeno agricultor que assim como os outros que vivem no interior de São Paulo, considera a vida no campo produtiva e aconchegante.
6. (L.P. Truques e Táticas) Monteiro Lobato publicou o ensaio Velha Praga como uma carta do leitor, reclamando da população pobre rural, ao jornal O Estado de S. Paulo, em 1914. A popularidade do artigo fez com que Lobato o reescrevesse e o publicasse em uma coletânea de contos, Urupês (1918)
Lobato expressa em Velha Praga a sua imagem sobre o trabalhador rural, suas práticas e crenças. A visão do autor sobre esse personagem revela principalmente
(A)indignação pela forma como o caboclo se comporta e usa a terra, comparando-o a um parasita.
(B)compaixão pele fato de o caboclo não possuir casa e precisar morar em uma choça;
(C)admiração pela rapidez com que o caboclo constrói sua moradia e se adapta a terra
(D)desprezo pela incapacidade do caboclo de cuidar da própria moradia
(E)preocupação com as constantes mudanças do caboclo
 7(L.P. Truques e Táticas). Monteiro Lobato pertence a uma geração de escritores dispostos a pensar a realidade brasileira de maneira crítica. Dessa forma, em velha praga o autor, que também era proprietário de terra, tem o objetivo de denunciar primeiramente
(A) o descaso das autoridades com a população mais pobre
(B) a falta de moradia digna para o homem do campo
(C) a pobreza estrema do caboclo do interior paulista
       (D)a distribuição desigual de terras
       (E) as queimadas provocadas pelos caboclos 
8.(L.P. Truques e Táticas) A obra Triste Fim de Policarpo Quaresma do autor pré-modernista Lima Barreto exemplifica uma literatura engajada visto que nela o autor
(A)  Concebe a literatura como instrumento de participação política empenhado em registrar a realidade dos oprimidos
 (B)  Mostra Policarpo Quaresma como um personagem dividido entre o amor à pátria e a ambição política
 (C)  Aborda a loucura como tema central da obra denunciando a forma como são tratados os internos no hospício
 (D)Descreve o fracasso de Policarpo Quaresma e de seus projetos nacionalistas
 (E)Defende a ideia de que as terras brasileiras são as mais férteis do mundo
 
9.(L.P. Truques e Táticas) Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto é uma das produções mais marcantes do Pré-Modernismo. Nessa obra encontra-se acentuadas críticas à sociedade do início do século XX, pois     

(A) além de fazer uma descrição política do país no início da República, a obra traça um rico painel social e humano dos subúrbios cariocas na virada do século
(B) a primeira parte da obra se desenrola na cidade do Rio de Janeiro, antes da proclamação da república brasileira, e mostra o planejamento de Quaresma que visa a saídas políticas, econômicas e culturais para o Brasil.
(C) as três partes da obra narram as andanças de Policarpo pela Capital Federal durante a revolta da Armada e mostra sua desilusão final. Há aqui uma crítica feroz aos positivistas que apoiavam a Primeira República.
(D) o autor procura retratar, detalhadamente, a xenofobia como tema central da obra
(E) o autor revela ao leitor, através da personagem principal, as belezas de um Brasil ignorado pelo seu próprio povo
10. Leia os fragmentos retirados do romance “Recordações do Escrivão Isaías Caminha de Lima Barreto”.
Fragmento 1. ... o pecado original do meu nascimento humilde, amaciaria o suplicio premente, cruciante e onímodo de minha cor...
Fragmento 2 ...não; eu não tinha sabido arrancar da minha natureza o grande homem que desejara ser; abatera-me diante da sociedade; não soubera revelar-me com força, com vontade e grandeza... Sentia bem a desproporção entre o meu destino e os meus primeiros desejos; mas ia.
Nos dois fragmentos apresentados pertencem respectivamente, ao primeiro e ao último capítulo do romance. É possível observar

(A)  o protagonista, Isaías, vitimado pelo preconceito racial e social consegue vencer, por meio da conquista de um diploma de “doutor” as barreiras daquela sociedade que o massacrara até então.
(B)  o protagonista, Isaías, embora detenha de qualidades e virtudes, acaba por falhar moralmente, em função da pressão e do preconceito racial aos quais é submetido.
(C)  a decadência dos sonhos de grandeza do jovem Isaías, que deixara sua terra natal para ir ao Rio de Janeiro na tentativa de livrar-se do estigma de sua origem social e racial.
(D) o protagonista Isaías conformado com sua derrota: “abandonar os seus sonhos de juventude” para virá repórter.
(E)  o respeito que o jovem Isaías conquistara, através de seu sucesso intelectual coroado com o título de doutor junto à sociedade.

(...) O seu gabinete era alvo de uma peregrinação. Durante o dia e nas primeiras horas da noite, entrava toda a gente, militares, funcionários, professores, médicos, geômetras, filósofos. Uns vinham à cata de elogios, de gabos aos seus talentos e serviços. Grandes sábios e ativos parlamentares eu vi escrevendo os seus próprios elogios. O leader do governo enviava notas, já redigidas, denunciando os conchavos políticos, as combinações, os jogos de interesses que se discutiam no recesso das antecâmeras ministeriais. Foi sempre coisa que me surpreendeu ver que amigos, homens que se abraçavam efusivamente, com as maiores mostras de amizade, vinham ao jornal denunciar-se uns aos outros. Nisso é que se alicerçou O Globo; foi nessa divisão infinitesimal de interesses, em uma forte diminuição de todos os laços morais. (...) Loberant sabia o segredo do seu sucesso e velava pela folha com cuidados especiais.
Diariamente lhe vinham informações sobre a venda avulsa, sobre o movimento de anúncios. Se decaiam um pouco, logo procurava um escândalo, uma denúncia, um barulho, em falta um artigo violento fosse contra quem fosse. Havia na redação farejadores de escândalos; um, para os públicos; outro, para os particulares. Este era o mais interessante. Tinha uma imaginação doentia; forjava coisas terríveis, inventava, criava crimes. Eram cárceres privados, enterramentos clandestinos, incestos, tutores dolosos, etc. Porém, os grandes escândalos, os grossos, as ladroeiras públicas eram denunciados pelos próprios funcionários desgostosos, por políticos pedinchões e não satisfeitos e pelos próprios subordinados.
BARRETO, Lima. Recordações do Escrivão Isaías Caminha. São Paulo: Publifolha, 1997.p.45-6

11. No fragmento apresentado pode-se inferir que a personagem Loberant diretor-proprietário do jornal O Globo era uma pessoa que aceitava indevidamente vantagens no exercício de seu cargo. O fragmento acima foca
(A)    na competência com que Loberant alicerçou o “O Globo”
(B)    nas denúncias e nos conchavos políticos, nas combinações e nos jogos de interesses.
(C)    no autoritarismo e na venalidade da personagem Loberant.
(D)   na relação promíscua da imprensa com o poder.
(E)    na relação social regada por fina hipocrisia.

12. (Ufla-MG) Em um determinado momento da narrativa, Isaías Caminha, o protagonista do romance de Lima Barreto, diz que “fosse qual fosse o fim da minha vida os esforços haviam de ser titânicos.” O personagem quis dizer que:
(A) Somente com muita força de vontade é possível conviver com a hipocrisia da sociedade capitalista.
(B) Por ser pobre e negro teria que fazer grandes esforços na vida para provar sua identidade.
(C) Sem violência não é possível controlar o preconceito da sociedade.
(D) Sem diploma é quase impossível sobreviver no Rio de Janeiro.
(E) A miséria é um grande empecilho para o sucesso.


13. Leia o fragmento a seguir.
— Pois, então, você, compadre, quer meter semelhante pústula dentro de sua casa? Você não sabe quem é este Cassi? Se o pai não quer saber dele, é porque boa coisa ele não é. Ele não só desonra a família dos outros, como envergonha a própria. As irmãs, que são moças distintas, já podiam estar bem casadas; mas ninguém quer ser cunhado de Cassi. Ele se diz sempre correspondido, que se quer casar, etc., para dar o bote. Quando fica satisfeito, escorrega pelas malhas da justiça e da polícia, e ri-se das pobrezinhas que atirou à desgraça. Você não vê que, se ele se quisesse casar, não escolheria Clara, uma mulatinha pobre, filha de um simples carteiro? Sou teu amigo, Joaquim... (BARRETO, Lima. Clara dos Anjos. São Paulo: Brasilense, 1982. P.96.)
Com base no comentário transcrito acima, é incorreto afirmar:
(A)        Marramaque age como uma voz que procura projetar os augúrios pelos quais passam a gente pobre dos subúrbios, principalmente aquelas que são mulatas.
(B)        O personagem, Marramaque, expressa com crueza como a sociedade vigente enxerga a jovem Clara, tendo em vista a cor de sua pele e sua condição social.
(C)         O personagem Cassi, independentemente do mal por ele impingido, não resta punição nenhuma, uma vez que é branco e filho de família influente.
(D)        O pano de fundo da narrativa, o subúrbio carioca, emoldura os acontecimentos que se seguem a sedução de Clara e que marcam a impossibilidade de vencer o preconceito em uma sociedade que determina o valor das pessoas pela cor de sua pele.
(E)        O pai de Clara estava obrigando Cassi Jones a se casar com sua filha porque era filho de família influente.

14(L.P. Truques e Táticas) Com base na caracterização do personagem Cassi (questão 13), percebe-se que o autor critica principalmente
(A)  a vaidade de Casse, que apesar de pouca habilidade com o violão, faz questão de se exibir a fim de conquistar mocinhas de classe social mais abastada
(B)  o problema do tradicional desrespeito sexual  por  parte  dos  homens  das  classes  economicamente  mais  elevadas  em relação às moças do povo, principalmente as negras e mulatas pertencentes a famílias mais pobres
(C)  a vaidade de Casse, que apesar de viver em um bairro periférico sente-se superior aos outros moradores
(D) a malandragem de homens que assim como Casse, buscam através do casamento ascensão social
(E)  a desestrutura familiar nas classes mais abastadas da sociedade.
15. (L.P. Truques e Táticas) Na obra Clara dos Anjos de Lima Barreto, a personagem central faz a seguinte declaração:
“— Nós não somos nada nesta vida.” Essa frase revela que Clara ao retornar humilhada da casa de Cassi
(A) aceita sua condição de moça que não nasceu para o casamento
       (B) começa a tomar consciência da sua condição social de mulher oprimida e mestiça.
       (C) percebe que não está preparada para ser mãe
(D)sente-se revoltada por viver em uma família de costumes arcaicos
       (E)lamenta a postura das pessoas que vivem, assim como ela, longe dos centros urbano






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