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sábado, 5 de maio de 2018


                                          ROMANTISMO NO BRASIL-POESIA
1.Leia o poema a seguir
Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito...
Onde estás, Senhor Deus?

Essa é a primeira estrofe de um poema que é exemplo de:
(A)Lirismo subjetivo, marcado pelo desespero do pecador arrependido
(B)Lirismo religioso, exprimindo o anseio da alma humana em procura da divindade.
(C).Lirismo romântico de tema político-social, exprimindo o anseio do homem pela liberdade.
(D). Romantismo nacionalista repassado da saudade que atormenta o poeta do exílio
(E)Romantismo ultrarromântico característico da poesia de Álvares de Azevedo

2.A alternativa que traz apenas características do Romantismo:
(A).Idealismo, religiosidade, objetividade, escapismo, temas pagãos
(B)Predomínio da razão sentimento, liberdade criadora, temas cristãos, natureza, racionalismo.
(C) Idealismo, insatisfação, escapismo, objetividade
(D )Nacionalismo, egocentrismo, escapismo, poesia social
(E) objetividade, racionalismo, desejo de morte, idealização da natureza

3. (UFRS-RS)
“Tristeza
Por favor, vai embora
Já é demais o meu penar
Quero voltar àquela vida de alegria
Quero de novo cantar.”

Nos conhecidos versos da canção popular, o eu lírico situa-se em oposição a uma das características do Romantismo:
A)ênfase no aproveitamento poético da paisagem local.
B)não-conformismo aos valores estabelecidos.
C)gosto pela melancolia e pelo sofrimento.
D)culto à razão, em detrimento das emoções.
E) pastoralismo, exaltação da pátria, cientificismo

4. (L. P. Truques e Táticas) Analise um trecho do poema de Gonçalves Dias
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos
Ao grande, ao belo, é ser capaz d’extremos,
D’altas virtudes, até capaz de crimes!
Sentir, sem que se veja, a quem se adora,
Compreender, sem lhe ouvir, seus pensamentos,
Segui-la, sem poder fitar seus olhos,
Amá-la, sem ousar dizer que amamos,
E, temendo roçar os seus vestidos,
Arder por afogá-la em mil abraços:
Isso é amor, e desse amor se morre!

O trecho caracteriza-se como um poema romântico, pois apresenta:
      A) O amor e a razão
      B) A desilusão amorosa
      C) A exaltação do amor
      D) A exaltação da beleza feminina
      E) A morte como liberdade

5. (L P. Truques e Táticas) Gonçalves Dias se destaca na primeira fase do Romantismo no Brasil. Nos poemas desse autor é comum encontrar
(A) Visão crítica de sua terra natal
(B)  erotização da mulher
(C)  visão ufanista da pátria
(D) melancolia extrema
(E) denúncia social

6. Leia o poema a seguir

Tu choraste em presença da morte?
Em presença de estranhos choraste?
Não descende o cobarde do forte;
Pois choraste, meu filho não és!
Possas tu, descendente maldito
De uma tribo de nobres guerreiros,
Implorando cruéis forasteiros,
Seres presa de vis Aimorés.
Possas tu, isolado na terra,
Sem arrimo e sem pátria vagando,
Rejeitado da morte na guerra,
Rejeitado dos homens na paz,
Ser das gentes o espectro execrado;
Não encontres amor nas mulheres,
Teus amigos, se amigos tiveres,
Tenham alma inconstante e falaz!”

 O trecho do poema “ I-juca pirama” refere-se ao momento em que o filho guerreiro volta para a sua tribo e se encontra com seu pai após ter pedido ao líder da tribo inimiga, pela qual havia sido capturado, que o poupasse da morte para que pudesse cuidar de seu pai amado, muito velho, até este morrer. Pensando nos valores defendidos pelo Indianismo romântico no Brasil, pode-se dizer que a reação do pai ocorre porque o filho:
A) considerou-o um velho incapaz, evidenciando que não o amava de forma digna.
B) demonstrou fraqueza diante da morte, o que representava falta de dignidade.
C) usou-o como desculpa para escapar da morte, ou seja, não possuía nobreza de sentimento.
D) havia sido capturado pelos inimigos, tornando-se incapaz de continuar a ser um guerreiro.
E) era, na verdade, descendente de outra tribo, o que o tornava impuro para conviver entre eles.

7.O verso que explicita a diferença entre pai e filho é:
(A) Tu choraste em presença da morte?
(B) Não descende o cobarde do forte
(C) Possas tu, isolado na terra
(D) Tenham alma inconstante e falaz
(E) Sem arrimo e sem pátria vagando

8. O verso “na presença de estranhos choraste?” revela que o pai
(A)  Sentiu vergonha porque o filho chorou na presença dos inimigos
(B)  Vê o filho como um verdadeiro representante de sua tribo
(C)  Mostra-se sensível ao perceber a generosidade do filho
(D)  Valoriza mais a generosidade que a valentia
(E)  Sente orgulha pela sinceridade do filho

9. Leia o poema a seguir, de Álvares de Azevedo, e escolha a afirmação CORRETA  



PÁLIDA INOCÊNCIA

Por que, pálida inocência,
Os olhos teus em dormência
A medo lanças em mim?
No aperto de minha mão
Que sonho do coração
Tremeu-te os seios assim?

E tuas falas divinas
Em que amor lânguida afinas
Em que lânguido sonhar?
E dormindo sem receio
Por que geme no teu seio
Ansioso suspirar?

Inocência! quem dissera
De tua azul primavera
As tuas brisas de amor!
Oh! quem teus lábios  sentira
E que trêmulo te abrira
Dos sonhos a tua flor!

Quem te dera a esperança
De tua alma de criança,
Que perfuma teu dormir!
Quem dos sonhos te acordasse,
Que num beijo t'embalasse
Desmaiada no sentir!

[...]




a)  Trata-se de um poema pertencente à terceira fase do Romantismo, na qual prevalece a poesia de cunho social, caracterizada pelo uso de linguagem inflamada e grandiloquente.   

b)  Trata-se de um poema pertencente à segunda fase do Romantismo, o que se pode perceber pela figura de mulher inacessível, virginal e infantilizada.   

c)  Trata-se de um poema pertencente à primeira fase do Romantismo, o que se pode perceber pelas referências à natureza brasileira ("azul primavera", "brisas de amor", "tua flor").   

d)  Trata-se de um poema pertencente ao Parnasianismo, o que se pode perceber pelo erotismo contido e pelo uso do metro de 10 sílabas.   

e)  Trata-se de um poema pertencente ao Arcadismo, como revelam tanto a figura feminina acessível (mulher companheira) quanto à natureza estilizada, artificial ("azul primavera").  



10. O poema a seguir pertence a poesia romântica brasileira.



Se eu morresse amanhã!



Se eu morresse amanhã, viria ao menos

Fechar meus olhos minha triste irmã;

Minha mãe de saudades morreria

Se eu morresse amanhã!

Quanta glória pressinto em meu futuro!

Que aurora de porvir e que manhã!

Eu perdera chorando essas coroas

Se eu morresse amanhã!

[...]

Mas essa dor da vida que devora

A ânsia de glória, o dolorido afã…

A dor no peito emudecera ao menos

Se eu morresse amanhã!

(Lira dos vinte anos, 2000.)



O poema apresenta características que permitem situá-lo

(A)) na segunda fase do Romantismo, pela presença de sentimentos extremos e do culto à morte.

 (B) no Parnasianismo, devido à defesa e utilização de formas clássicas com ambição à perfeição.

 (C) no Modernismo, devido ao rompimento com os modelos formais tradicionais da poesia clássica e romântica.

 (D) na primeira fase do Romantismo, preocupada com a definição da sociedade brasileira a partir dos traços físicos e emocionais de seus indivíduos.

 (E) no Classicismo, interessado no equilíbrio formal, associado à temperança dos sentimentos e das ações.



11. Considere-se o seguinte trecho de “I-Juca-Pirama”, poema de Gonçalves Dias (1823-1864):

“No meio das tabas de amenos verdores,

Cercadas de troncos — cobertos de flores,

Alteiam-se os tetos

d’altiva nação;

São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,

Temíveis na guerra, que em densas coortes

Assombram das matas a imensa extensão.”

(DIAS, Gonçalves. Poesia e Prosa Completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998. p. 379).



Trata-se de um poema:

    (A) indianista, pela construção de uma imagem heroica do indígena brasileiro.

    (B) modernista, pela apropriação de termos regionais como “taba” e “tronco”.

    (C) nacionalista, pela tematização da luta dos índios contra os portugueses.

    (D) árcade, pela referência à natureza brasileira (“das matas a imensa extensão”).

    (E)simbolista, pelo caráter sugestivo das imagens (“amenos verdores” e “densas cortes”).

12. Poeticamente, o sal metaforiza o mar, as lágrimas, a força de viver. Castro Alves, em sua obra poética, lança mão desse recurso para unir arte e crítica social. Observe os fragmentos: 



Fragmento 1 - “A Canção do Africano”



Lá, na úmida senzala,

Sentado na estreita sala,

Junto ao braseiro, no chão,

Entoa o escravo o seu canto,

E ao cantar correm-lhe em pranto

Saudades do seu torrão...

Fonte: CASTRO ALVES, 1995, p. 100.



Fragmento 2

 - “O Navio Negreiro”

Senhor Deus dos desgraçados!

Dizei-me vós, Senhor Deus!

Se eu deliro... ou se é verdade

Tanto horror perante os céus...

Ó mar, por que não apagas

Co'a esponja de tuas vagas

De teu manto este borrão?...

Astros! noite! tempestades!

Rolai das imensidades!



Varrei os mares, tufão!...

Fonte: CASTRO ALVES, 1995, p. 137.



 Qual enunciado a seguir não está de acordo com o que se afirma nos versos acima?



A) O canto, as saudades e o pranto do escravo, no primeiro fragmento, são decorrentes do cativeiro resultante da escravidão, situação aviltante ao ser humano. 

B) O “horror perante os céus” a que se refere o eu lírico, no segundo fragmento, corresponde ao tráfico de escravos, mácula sociomoral que envergonha o Brasil. 

C) Em ambos os fragmentos, a crueldade da escravidão se faz presente. 

D) Saudosismo e religiosidade são características marcantes da primeira geração, mas foram usadas nos fragmentos 1 e 2, respectivamente

E) no fragmento 1 a única causa do sofrimento do negro é a saudade do seu torrão



13.( UFTM 2013)

 Claudius tirou do bolso um papel amarelado e amarrotado: atirou-o na mesa. Johann leu:



Não me odeies, mulher, se no passado

Nódoa sombria desbotou-me a vida:

No vício ardente requeimando os lábios

E de tudo descri com fronte erguida.





A máscara de Don Juan queimou-me o rosto

Na fria palidez do libertino:

Desbotou-me esse olhar – e os lábios frios

Ousam de maldizer do meu destino.

Sim! longas noites no fervor do jogo

Esperdicei febril e macilento:

E votei o porvir ao Deus do acaso

E o amor profanei no esquecimento!



Murchei no escárnio as coroas do poeta

Na ironia da glória e dos amores:

Aos vapores do vinho, à noite insano

Debrucei-me do jogo nos fervores!



A flor da mocidade profanei-a

Entre as águas lodosas do passado

No crânio a febre, a palidez nas faces

Só cria no sepulcro sossegado!

(Álvares de Azevedo. Noite na Taverna, 2001.)



Os versos lidos pela personagem Johann tematizam

A) os sonhos, a busca e a morte, em uma visão espiritualizada da condição humana, razão pela qual morrer é sinônimo de elevação da alma, o que os alinha à segunda geração romântica brasileira.

B) as desilusões, o amor e a esperança, em uma visão de busca, razão pela qual enfrentar os problemas é o caminho para ser feliz, o que os alinha à terceira geração romântica brasileira.

C) os pecados, a tragédia e o desencanto, em uma visão degradante da vida, razão pela qual é preciso vencer os vícios e preservar o amor, o que os alinha à terceira geração romântica brasileira.

D) os vícios, o amor e a morte, em uma visão pessimista da vida, razão pela qual morrer assoma como realização última, o que os alinha à segunda geração romântica brasileira.

E) os medos, a noite e a solidão, em uma visão de conflito humano, razão pela qual estar inconsciente é melhor que estar acordado, o que os alinha à primeira geração romântica brasileira.

14(Vunesp - SP)  Leia atentamente os versos seguintes:
Eu deixo a vida com deixa o tédio
Do deserto o poeta caminheiro
- Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um mineiro.


Esses versos de Álvares de Azevedo significam a:
a) revolta diante da morte.
b) aceitação da vida como um longo pesadelo.
c) aceitação da morte como a solução.
d) tristeza pelas condições de vida.
e) alegria pela vida longa que teve.

15(PUC-RS)
Já de noite o palor me cobre o rosto
Nos lábios meus o alento desfalece.
Surda agonia o coração fenece
E devora meu ser mortal desgosto!
Do leito embalde no macio encosto
Tento o sono reter!... Já esmorece
O corpo exausto que o repouso esquece...
Eis o estado em que a mágoa me tem posto!

A relação mórbida com a morte demonstra que parte da poesia de Álvares de Azevedo prende-se ao:
(A) idealismo romântico.
(B) saudosismo inconformado.
(C) misticismo religioso.
(D) negativismo filosófico.
(E) mal do século.

16(Unifesp-SP) Gonçalves Dias consolidou o romantismo no Brasil. Sua “Canção do exílio” pode ser considerada tipicamente romântica porque:
(A) apoia-se nos cânones formais da poesia clássica greco-romana; emprega figuras de ornamento, até com certo exagero; evidencia a musicalidade do verso pelo uso de aliterações.
(B) exalta a terra natal; é nostálgica e saudosista; o tema é tratado de modo sentimental, emotivo.
(C) utiliza-se do verso livre, como ideal de liberdade criativa; sua linguagem é hermética, erudita; glorifica 0 canto dos pássaros e a vida selvagem.
(D) poesia e música se confundem, como artifício simbólico; a natureza e o tema bucólico são tratados com objetividade; usa com parcimônia as formas pronominais de primeira pessoa.
(E) refere-se à vida com descrença e tristeza; expõe o tema na ordem sucessiva, cronológica; utiliza-se do exílio como o meio adequado de referir-se à evasão da realidade.

17. (L. P. Truques e Táticas) Comparando a poesia da segunda geração romântica a poesia de Castro Alves representante de outa fase dessa mesma escola literária, compreende-se que

(A) Nas duas gerações a mulher é vista como um ser puro, angelical que deve ser contemplada a distância

(B) Nas duas gerações a poesia está voltada para a crítica social, enfocando temas como a escravidão non Brasil

(C) há nos poemas de Castro Alves uma forte preocupação com a subjetividade, levando o romantismo ao exagero

(D) Na produção de Castro Alves, além da crítica social, a mulher perde sua característica de ser puro e angelical e passa a ser vista de forma mais realista.

(E) A geração ultrarromântica e a geração condoreira apresentam características semelhantes, valorizando a confissão dos sentimentos e o escapismo.

18. (UNIFESP) Nos versos, evidenciam-se as seguintes características românticas:

Meus oito anos
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
                    (Casimiro de Abreu)

(A) nacionalismo e religiosidade.
(B) sentimentalismo e saudosismo.
(C) subjetivismo e condoreirismo.
(D) egocentrismo e medievalismo.
(E) byronismo e idealização do amor



19(L. P. Truques e Táticas) Leia um fragmento de Tereza, poema de Álvares de Azevedo

Não acordes tão cedo! enquanto dormes
Eu posso dar-te beijos em segredo...
Mas, quando nos teus olhos raia a vida,
Não ouso te fitar...eu tenho medo!

Enquanto dormes, eu te sonho amante,
Irmã de serafins, doce donzela;
Sou teu noivo... respiro em teus cabelos
E teus seios venturas me revela.

De acordo com o poema o eu lírico

(A)  Prefere contemplar a amada enquanto dorme

(B)  Descreve momentos de envolvimento físico com a amada

(C)  Revela momentos de correspondência das delicadezas da paixão

(D)  Sugere que o medo não interfere na concretização do amor

(E)  Mostra que o amor existe apenas nos sonhos da amada

20. Analise as seguintes afirmações sobre as três gerações românticas da literatura brasileira e assinale a resposta correta.

I.  A primeira geração, também conhecida como nacionalista, tem caráter social, pois os poemas mostravam a necessidade de se libertar os índios escravizados.

II. A segunda geração é conhecida como byroniana mal do século, de extremo idealismo, subjetividade, negativismo

III. A terceira geração, chamada de condoreira, tem em Castro Alves seu principal representante. Sua poesia social tem teor libertário.

IV. A primeira geração traz como características predominantes o sofrimento amoroso, a fuga da realidade e o desencanto pela vida

V.A segunda geração é também chamada de ultrarromântica, pois apresentava extremo pessimismo, egocentrismo, exaltação da morte, supremo desencanto e desilusão.

Estão corretas somente as afirmativas:

A)     I, II, III

B)   I, III, V

C)    II, III, V

D)    II, III, IV

E)   I, IV e V










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