AULAS PARA RESPONDER AS QUESTÕES SOBRE O SIMBOLISMO NO BRASIL
1.(L.P. Truques e Táticas) Leia o
poema a seguir
Cárcere das almas
Ah! Toda alma num cárcere anda presa
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza
Tudo se veste de igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e,
sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo Espaço da Pureza.
Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas
Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!
Nesses silêncios solitários, graves,
Que chaveiro do Céu possui as chaves
Para abrir-nos as portas do Mistério!
Cruz e Sousa
Sobre o poema simbolista Cárcere das almas, Não convém afirmar que
A. a alma está presa ao corpo, ou à sociedade, em
um sofrimento profundo e silencioso
B. a morte e o sonho são apresentados como forma de
libertação da alma
C. a religiosidade está presente no poema, como se
observa nos dois últimos versos
D. a dor existencial é sugerida no poema através de
palavras como trevas, dor, atroz e funérea.
E. a alma solitária não vê a possibilidade de
sublimação, apenas os grilhões, e a dor profunda, como se observa na terceira
estrofe.
2(L.P. Truques e Táticas) São características do
Simbolismo utilizadas no poema Cárcere das almas
A. universo onírico, subjetividade,
decadentismo, espiritualidade
B. descritivismo, individualismo,
pessimismo, cientificismo
C. misticismo, objetividade,
cientificismo, sugestão
D. universo onírico, subjetividade,
decadentismo, materialismo
E. Valorização da espiritualidade
humana, objetivismo, descritivismo, racionalismo
3(L.P. Truques e Táticas) Através de
sugestões, o poeta simbolista faz uso de símbolos para significar ideias. Nesse
sentido é comum o uso de figuras de linguagem como uma das características do
Simbolismo. No poema Cárcere das almas, a metáfora foi utilizada em vários
versos, como se observa em
A.
Nesses silêncios solitários, graves
B.
Ah! Toda alma num cárcere anda presa
C.
Mares, estrelas, tardes, natureza
D.
Rasga no etéreo Espaço da Pureza.
E.
Tudo se veste de igual grandeza
4(L.P. Truques e Táticas) “Nesses silêncios
solitários, graves” . Nesse verso do poema, o autor usa um dos recursos
sonoros muito comum no Simbolismo. Trata-se do uso da
a. Aliteração
B. Antítese C. Metáfora D.
Metonímia E. Sinestesia
5(L.P.
Truques e Táticas) Leia o poema abaixo do poeta Cruz e Sousa para responder à
questão a seguir
O
Assinalado
Tu
és o louco da imortal loucura,
O louco da loucura mais suprema.
A Terra é sempre a tua negra algema,
Prende-te nela a extrema Desventura.
Mas
essa mesma algema de amargura,
Mas essa mesma Desventura extrema
Faz que tu ’alma suplicando gema
E rebente em estrelas de ternura.
Tu
és o Poeta, o grande Assinalado
Que povoas o mundo despovoado,
De belezas eternas, pouco a pouco…
Na
Natureza prodigiosa e rica
Toda a audácia dos nervos justifica
Os teus espasmos imortais de louco!
Depreende-se do
texto que
A. a loucura é vista de forma negativa pelo eu lírico,
uma vez que o afasta do contexto social
B. a desventura do poeta é sugerida pelo afastamento
do mundo material
C. o eu lírico afirma que o infortúnio de estar preso
à terra tem um efeito positivo, pois promove a transcendência do sujeito
D. para o eu lírico o poeta é apenas um louco
condenado a um mundo despovoado de belezas
E. o
termo assinalado sugere que o poeta é apenas alguém condenado a viver preso a
terra, que é descrita metaforicamente como uma negra algema
6. 6(L.P. Truques e Táticas) No poema
O assinalado, para se referir ao próprio fazer poético o autor fez uso da
função
A. referencial
B. metalinguística
C.
poética
D.
conativa
E.
fática
7(L.P. Truques e Táticas) Aponte a análise correta a respeito do poema Acrobata da dor do poeta simbolista Cruz e Sousa
ACROBATA DA DOR
Gargalha, ri, num riso de tormenta,
Como um palhaço, que desengonçado,
Nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
De uma ironia e de uma dor violenta
Da
gargalhada atroz, sanguinolenta,
Agita os guizos e convulsionado
Salta, gavroche, salta, clown,
varado
Pelo estertor dessa agonia lenta...
Pedem-te bis e um bis não se despreza!
Vamos! retesa os músculos, retesa
Nessas macabras piruetas d`aço...
E
embora caias sobre o chão, fremente
Afogado em teu sangue estuoso e quente
Ri,! Coração, tristíssimo
palhaço.
Cruz e Sousa
A. O sorriso do palhaço nas primeiras estrofes
é verdadeiro, somente no último verso do poema que a tristeza é revelada ao
leitor.
B.
A plateia não exerce nenhuma influência sobre o comportamento do palhaço.
C.
O poeta sugere que o ser humano, muitas vezes oculta a sua dor em um
mundo de encenações e representações.
D.
A imagem do palhaço apresentada na segunda estrofe é desconstruída nos
versos finais do poema, uma vez que ele muda o seu estado de espírito.
E.
O título de um poema simbolista geralmente sugere o que será abordado
nas estrofes, no entanto isso não acontece em Acrobata da dor.
Ismália
Quando Ismália
enlouqueceu,
Pôs-se na torre
a sonhar...
Viu uma lua no
céu,
Viu outra lua
no mar.
No sonho em que
se perdeu,
Banhou-se toda
em luar...
Queria subir ao
céu,
Queria descer
ao mar...
E, no desvario
seu,
Na torre pôs-se
a cantar...
Estava perto do
céu,
Estava longe do
mar...
E como um anjo
pendeu
As asas para
voar...
Queria a lua do
céu,
Queria a lua do
mar...
As asas que
Deus lhe deu
Ruflaram de par
em par...
Sua alma subiu
ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
8(L.P. Truques e Táticas) No poema Ismália estão presentes vários
aspectos do Simbolismo, no entanto, em uma das opções há uma característica do
Simbolismo que não se faz presente nesse poema. Destaque-a.
A. musicalidade
B. religiosidade
c. sublimação
d. sugestão
e. valorização do “eu”
9(L.P. Truques e Táticas) Em um
dos versos do poema, o final trágico de Ismália é sugerido. Trata-se do verso:
A. Estava longe do mar
B. Banhou-se toda em luar
C. Quando Ismália enlouqueceu
D. Pôs-se na torre a sonhar
E. Viu uma lua no céu
10(L.P. Truques e Táticas) Uma figura de linguagem
foi usada nas três primeiras estrofes do soneto Hão de chorar por ela os
cinamomos de Alphonsus de Guimaraens, contribuindo para a expressão da
intensidade do sentimento do eu lírico a respeito da morte da mulher amada.
Hão
de chorar por ela os cinamomos,
Murchando
as flores ao tombar do dia.
Dos
laranjais hão de cair os pomos,
Lembrando-se
daquela que os colhia.
As
estrelas dirão: - “Ai! Nada somos,
Pois
ela se morreu silente e fria...”
E
pondo os olhos nela como pomos,
Hão
de chorar a irmã que lhes sorria.
A
lua que lhe foi mãe carinhosa,
Que
a viu nascer e amar, há de envolvê-la
Entre
lírios e pétalas de rosa.
Os
meus sonhos de amor serão defuntos...
E
os arcanjos dirão no azul ao vê-la,
Pensando
em mim: - “Por que não vieram juntos?”
A figura de linguagem em questão é:
A. Metáfora
B. Prosopopeia
C. Sinestesia
D. Antítese
E. comparação
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