PRODUÇÃO
TEXTUAL
GÊNERO:
CONTO PSICOLÓGICO
CONTOS
TRABALHADOS:
AUTORES |
CONTOS |
MACHADO
DE ASSIS |
O
ESPELHO |
MACHADO
DE ASSIS |
A
CARTEIRA |
CLARICE
LISPECTOR |
PERDOANDO
DEUS |
1.(L.P.Truques e Táticas) Leia o trecho a seguir.
"Eis o ponto. A consciência acabou por
lhe dizer que não podia, que devia levar a
carteira à polícia, ou anunciá-la; mas tão depressa acabava de lhe dizer isto,
vinham os apuros da ocasião, e puxavam por ele, e convidavam-no a ir pagar a cocheira."
Chegavam mesmo a
dizer-lhe que, se fosse ele que a tivesse perdido, ninguém iria entregar-lha; insinuação
que lhe deu ânimo.
O trecho acima foi
retirado do conto A carteira de Machado de Assis. Trata-se de um conto
psicológico, pois
A. Investiga
o mundo interior da personagem; seus pensamentos, dilemas e estado de alma;
B. Dá
preferência pela descrição do espaço onde a personagem realiza suas ações;
C. O
narrador deixa que a própria personagem revele suas inquietações ao leitor, já que
a conhece apenas de forma superficial;
D. Nesse
tipo de conto as ações externas têm pouca relevância para o que ocorre na
interioridade da personagem;
E. A
análise da consciência´, embora seja importante para esse gênero, não é capaz
de transferir o foco da narrativa da ação à introspecção.
2. (L.P.Truques e Táticas) Sobre o conto A
Carteira de Machado de Assis está CORRETO o que se afirma em:
A) Apenas no último
episódio é revelada a traição de Gustavo e D. Amélia para o leitor. Porém
Honório continua a ignorá-la e apenas se aborrece por acreditar que Gustavo o
julgou desonesto;
B) O que perturba Honório
ao abrir a carteira é somente a descoberta de que o dono era seu amigo;
C) D. Amélia rasgou o
bilhetinho em trinta mil pedaços. Isso mostra o comportamento dessa personagem
já sugerido desde o início do conto;
D) A desconfiança de
Honório a respeito do relacionamento entre Amélia e Gustavo é sugerida pela
expressão como um golpe de estilete;
E) O leitor sabe que
Amélia é infiel a partir do momento que ela aparece na narrativa, pois exige do
marido uma vida luxuosa e sempre na companhia de Gustavo.
3. (L.P.Truques e
Táticas) Considere o conto a carteira e o trecho em destaque no fragmento
abaixo. Gustavo pegou dela precipitadamente, e olhou desconfiado para o amigo.
Esse olhar foi para Honório como um golpe de estilete; depois de tanta luta com
a necessidade, era um triste prêmio. Sorriu amargamente; e, como o outro lhe
perguntasse onde a achara, deu-lhe as explicações precisas.
Nesse trecho NÃO podemos
inferir que
A)
O olhar de Gustavo foi mal interpretado
por Honório;
B)
O que deixou Honório magoado foi acreditar
que o seu amigo o julgava desonesto;
C)
Honório desconfiou da traição do amigo;
D)
A expressão golpe de estilete revela o
quando Honório ficou desapontado com a forma como Gustavo o olhou;
E)
Gustavo pegou a carteira precipitadamente
porque tinha outras preocupações além do dinheiro.
4.
(L.P.Truques e Táticas) D. Amélia não sabia nada; ele não contava nada à
mulher, bons ou maus negócios. Não contava nada a ninguém. Fingia-se tão alegre
como se nadasse em um mar de prosperidades.
Nesse trecho do conto A carteira, o autor fez
uso da conotação. Esse recurso também foi utilizado no trecho
A) Bebeu
a última gota de café, sem reparar que estava frio
B) Mas
as esperanças voltavam com facilidade.
C) Tirou-a
do bolso, finalmente, mas com medo, quase às escondidas; abriu-a, e ficou
trêmulo.
D) Todo
o castelo levantado esboroou-se como se fosse de cartas.
E) Eram cinco horas da tarde. Tinha-se lembrado de ir a um agiota, mas voltou sem ousar pedir nada.
5. (L.P.Truques e Táticas) Leia
com atenção:
“… Em primeiro lugar, não há uma só alma, há
duas…– Duas?– Nada menos de duas almas. Cada criatura humana traz duas almas
consigo: uma que olha de dentro para fora, outra que olha de fora para dentro…
Espantem-se à vontade; podem ficar de boca aberta, dar de ombros, tudo; não
admito réplica. Se me replicarem, acabo o charuto e vou dormir. A alma exterior
pode ser um espírito, um fluido, um homem, muitos homens, um objeto, uma
operação. Há casos, por exemplo, em que um simples botão de camisa é a alma
exterior de uma pessoa; – e assim também a polca, o voltarete, um livro, uma
máquina, um par de botas, uma cavatina, um tambor, etc. Está claro que o ofício
dessa segunda alma é transmitir a vida, como a primeira: as duas completam o
homem, que é, metafisicamente falando, uma laranja.”
Nesse trecho de O Espelho de Machado de Assis a personagem principal introduz a teoria da qual fala até o final do conto com a finalidade de
A) Afirmar
que a alma interior se sobrepõe à exterior;
B) Negar
a fragilidade do ser humano;
C) Confirmar
que o ser humano se deixa seduzir pelas aparências e prestígio social;
D) Discorrer
sobre o prestígio social;
E) Exemplificar
como a alma exterior se alimenta.
6. (L.P.Truques e Táticas) Leia
o trecho do conto Perdoando Deus de Clarice Lispector
“Enquanto
eu inventar Deus ele não existe”. Esse fragmento do texto permite ao leitor
inferir que
A.
A personagem não acreditava em Deus;
B.
A personagem sentia-se revoltada com Deus;
C.
Ela havia desistido de sua fé;
D.
Ela toma consciência que Deus não age de acordo com os
desejos dela;
E.
Ela acredita em um amor inocente.
7.
(L.P.Truques e Táticas) Então
não podia eu me entregar desprevenida ao amor? De que estava Deus querendo me
lembra? Nesse momento da narrativa o leitor percebe que a personagem está
tomada por um sentimento de
A. revolta
B. dúvidas
C.
desequilíbrio
D. fragilidade
E. medo
8. (L.P.Truques e Táticas) Em uma leitura completa do conto perdoando
Deus de Clarice Lispector, é possível constatar que a personagem faz reflexões
sobre a sua relação com Deus, com seus medos e como mundo que a cerca. A partir
disso conclui-se que ela opta por
A.
não admitir suas fragilidades diante do terror de viver;
B.
responsabilizar Deus pela desordem do mundo, já que não permitia que ela se entregasse
desprevenida ao amor
C.
Ver Deus como um ser vingativo, pois se sentia ferida e insultada pelas
adversidades que ele lhe apresentava;
D.
Negar a presenta de Deus em sua vida, já que colocou a sua frente o seu maior
medo, quebrando todo o seu estado de amor inocente;
E.
acreditar que somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente e
reconhecer que é preciso amar o tamanho de sua natureza sem responsabilizar Deus
pelos seus medos.
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