BEM-VINDOS AO BLOG DA PROFESSORA RONY FAIETH.


Caso seja necessário copiar as questões elaboradas pela autora desta página, faça de forma que não haja exclusão do nome do blogger.
Agradeço a compreensão.



Qualquer dúvida relacionada aos conteúdos deste blogger entre em contato pelo endereço
ronyfaieth@hotmail.com.
















quinta-feira, 22 de junho de 2023

PROVA -BARROCO NO BRASIL E EM PORTUGAL

 


1.(L.P. Truques e Táticas) O poema a seguir pertence a temática religiosa do poeta barroco, Gregório de Matos Guerra.

 

A Cristo S. N. crucificado

Estando o poeta na última hora de sua vida

 


Meu Deus, que estais pendente de um madeiro,

Em cuja lei protesto de viver,

Em cuja santa lei hei de morrer

Animoso, constante, firme e inteiro:

 

Neste lance, por ser o derradeiro,

Pois vejo a minha vida anoitecer,

É, meu Jesus, a hora de se verA brandura de um Pai, manso cordeiro.

 

Mui grande é vosso amor e o meu delito;

Porém pode ter fim todo o pecar,

E não o vosso amor, que é infinito

 

Esta razão me obriga a confiar,

Que, por mais que pequei, neste conflito

Espero em vosso amor de me salvar.


 

 

Não está de acordo com o texto acima.

 

(A)   O sujeito lírico dirige-se a Deus de forma humilde, como um pecador arrependido, mas inseguro em relação a misericórdia divina.

(B)   O sujeito lírico, no final da vida, utiliza uma linguagem bem elaborada apelando para a misericórdia divina.

(C)  O sujeito lírico expressa a contrição religiosa e a crença no amor infinito de Cristo, para manifestar, no final, a certeza do perdão.

(D)  Para o sujeito lírico, Deus está sempre disposto ao perdão, por sua misericórdia e bondade; daí deriva sua maior glória.

(E)   O sujeito lírico primeiramente confessa o seu pecado para depois apelar para o perdão de Deus.

2. (L.P. Truques e Táticas) Nesse poema, nota-se, em mais de uma estrofe, o uso de antíteses, figura de linguagem muito utilizada no Barroco. Destaque a alternativa onde se destaca a presença desse recurso.

(A)” Meu Deus, que estais pendente de um madeiro,

Em cuja lei protesto de viver’

(B) “Em cuja lei protesto de viver,

Em cuja santa lei hei de morrer”

(C) ” Neste lance, por ser o derradeiro,

Pois vejo a minha vida anoitecer”

(D) “É, meu Jesus, a hora de se ver

A brandura de um Pai, manso cordeiro.”

(E) “Esta razão me obriga a confiar,

Que, por mais que pequei, neste conflito”

 

3. (L.P. Truques e Táticas) Leia o trecho da introdução do Sermão de Santo Antônio aos Peixes

“Vós, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer que façam na terra o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção; mas quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela que têm ofício de sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção? Ou é porque o sal não salgo, ou porque a terra se não deixa salgar. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não deixa salgar e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que lhes dão, a não querem receber. Ou é porque o sal não salgo, e os pregadores dizem uma cousa e fazem outra; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem, que fazer o que dizem. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores se pregam a si e não a Cristo; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites. Não é tudo isto verdade? Ainda mal! ”

 

Nesse fragmento, Vieira

 

(A)  afirma que os pregadores são responsáveis pela corrupção, já que não fazem na terra o que faz o sal.

(B)  afirma que a causa da corrupção é o fato de os pregadores pregarem a si e não a Cristo.

(C)  afirma que os ouvintes são culpados pela corrupção na terra, uma vez que não seguem os ensinamentos dos pregadores.

(D)  levanta vários questionamentos a respeito da corrupção a partir da metáfora sal da terra.

(E)  usa a metáfora do sal para elogiar o empenho dos pregadores em pregar a palavra de Deus.

 

4.( L.P.Truques e Táticas) Leia o poema lírico de Gregório de Matos Guerra.

 

A MESMA D. ÂNGELA

 


Anjo no nome, Angélica na cara!

Isso é ser flor, e Anjo juntamente,

Ser Angélica flor, e Anjo florente,

Em quem, senão em vós se uniformara:

 

Quem vira uma tal flor que a não cortara,

De verde pé, da rama florescente;

E quem um anjo vira tão luzente,

Que Por seu Deus, o não idolatrara?

 

 

Se, pois como Anjo sois dos meus altares,

Fôreis o meu Custódio, e a minha guarda

Livrara eu de Diabólicos azares.

 

Mas vejo que, por bela e por galharda,

Posto que os Anjos nunca dão pesares,

Sois anjo que me tenta e não mguarda.

 

 


Na primeira estrofe desse texto, o sujeito lírico destaca a beleza da amada por meio de

(A)         antítese

(B)         paradoxo  

(C)         metáfora

(D)     prosopopeia

(E)     hipérbole

 

5.( L.P.Truques e Táticas) O paradoxo que revela o conflito vivido pelo sujeito lírico nesse poema ne encontra no verso

(A)“Anjo no nome, Angélica na cara!

 (B) “Fôreis o meu Custódio, e a minha guarda”

(C)“Livrara eu de Diabólicos azares”

(D)‘’Sois anjo que me tenta e não me guarda.”

(E)‘’Quem vira uma tal flor que a não cortara’’

 

6.( L.P.Truques e Táticas) Leia a estrofe abaixo.

 

Quem vira uma tal flor que a não cortara,

De verde pé, da rama florescente;

E quem um anjo vira tão luzente,

Que Por seu Deus, o não idolatrara?

 

Nessa estrofe, por meio de uma construção metafórica e paradoxal, o sujeito lírico revela

 

(A)  a admiração pela beleza da natureza.

(B)  a admiração pela  juventude da amada.

(C) o desejo de ter a proteção da amada.

(D) o desejo de contemplar a beleza da amada à distância.

(E)  o conflito entre o carnal e o espiritual.

 

7.( L.P.Truques e Táticas) Leia o poema de Gregório de Matos.

 


Nasce o Sol e não dura mais que um dia,

Depois da Luz se segue a noite escura,

Em tristes sombras morre a formosura,

Em contínuas tristezas a alegria.

 

Porém se acaba o Sol, por que nascia?

Se é tão formosa a Luz, por que não dura?

Como a beleza assim se transfigura?

Como o gosto da pena assim se fia?

 

Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,

Na formosura na se dê constância,

E na alegria sinta-se a tristeza.

 

Começa o mundo em fim pela ignorância,

E tem qualquer dos bens por natureza

A firmeza somente na inconstância.



(MATOS, Gregório. 25 poemas. Belo Horizonte: Itatiaia, 1998. p.44.)01)

Nesse poema o tema central é

(A)  a instabilidade da vida.

(B)  as alegrias do ser humano.

(C) a ignorância sobre a passagem do tempo.

(D) as tristezas do ser humano.

(E)  a transfiguração da beleza.

8. (L.P.Truques e Táticas) O estado de espirito do sujeito lírico é apresentado por antíteses e metáforas. Destaque a alternativa em que há esses dois recursos de expressão nos versos do poema. 

(A) ‘’Nasce o Sol e não dura mais que um dia.

       Depois da Luz se segue a noite escura.’’

(B) ‘’Porém se acaba o Sol, por que nascia?

      Se é tão formosa a Luz, por que não dura?”

(C) ‘’Como a beleza assim se transfigura?

       Como o gosto da pena assim se fia?’’

(D) “Começa o mundo em fim pela ignorância,

        E tem qualquer dos bens por natureza”

(E) ” Na formosura na se dê constância,

       E na alegria sinta-se a tristeza.’’

 

9(L.P. Truques e Táticas) Leia o trecho da introdução do Sermão de Santo Antônio aos Peixes

     “Vós, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer que façam na terra o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção; mas quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela que têm ofício de sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção? Ou é porque o sal não salgo, ou porque a terra se não deixa salgar. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não deixa salgar e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que lhes dão, a não querem receber. Ou é porque o sal não salgo, e os pregadores dizem uma cousa e fazem outra; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem, que fazer o que dizem. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores se pregam a si e não a Cristo; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites. Não é tudo isto verdade? Ainda mal! ”

 

Embora o “Sermão de Santo Antônio aos peixes seja um texto do século XVII, apresenta discussões bastante atuais. Comente sobre os questionamentos do autor considerando a sociedade do século XXI.

 

 

 

 

 

 

 

 

10. (L.P. Truques e Táticas) Sabe-se que as artes do Barroco revelam a tensão vivida pelos indivíduos desse período. Os conflitos dessa época, como viver os prazeres da vida terrena sabendo de sua brevidade ou se preparar para a vida espiritual, a divisão entre fé e razão ainda afligem os seres humanos atualmente? Comente.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Powered By Blogger