QUESTÕES SOBRE MADAME BOVARY, O PRIMO BASÍLIO E O CRIME DO PADRE AMARO
1.(L.P.Truques e Táticas) São características do Realismo, exceto:
2.(L.P.Truques e Táticas) Sobre o Contexto histórico do Realismo na Europa é incorreto afirmar que
3.(L.P.Truques e Táticas) O Crime do Padre Amaro escrita pelo autor Eça de Queiroz no ano de 1875, introduz em Portugal o Realismo-naturalismo. Nessa obra o autor
I. denuncia hipocrisia burguesa religiosa a partir de uma análise minuciosa, social e psicológica, de suas personagens, principalmente de Amaro.
II. Denuncia uma sociedade que estava em crise e desvela o silêncio próprio da época para inaugurar uma discussão que até hoje se faz pertinente, o celibato clerical.
III. critica o pseudomoralismo existente na igreja católica, além de denunciar a hipocrisia da sociedade portuguesa.
IV. mostra a fragilidade de Amaro, já que não consegue manter diante da sociedade sua máscara social de padre, deixando claro na obra a impossibilidade de conciliar uma vida religiosa e amorosa diante de uma sociedade que se deixa conduzir pela moral e pela fé.
Está correto o que se afirma em
4(L.P.Truques e Táticas) Sobre A OBRA O Crime do padre Amaro é incorreto o que se afirma em:
(A) É uma obra profundamente enraizada no seu tempo e, simultaneamente, repleta de elementos atemporais.
(B) Verossimilhança e crítica social são traços marcantes nessa obra. Essas características mostram um autor preocupado em revelar uma sociedade em crise.
(C) O título da obra direciona o leitor apenas para a quebra do voto de castidade de Amaro, deixando assuntos importantes para a compreensão do enredo em segundo plano.
(D) Há nessa obra um combate ao idealismo romântico que se estabelecia até então, em prol de uma visão mais crítica da sociedade.
(E) Amaro, personagem central da obra, apesar de ser um homem religioso, não era padre por vocação. Essa é uma das causas que o faz transgredir a regra do celibato.
Questão 6
7.( L.P.Truques e Táticas) Leia o trecho a seguir da obra O primo Basílio de Eça de Queirós
“– Eu, Conselheiro? De modo nenhum. Sou pela morte. Sou inteiramente pela morte. E exijo que a mates, Ernestinho! D. Felicidade acudiu, toda bondosa:
– Deixe falar, Sr. Ledesma. Está a brincar. E ele então que é um coração de anjo!
– Está enganada, D. Felicidade – disse Jorge, de pé diante dela. – Falo sério e sou uma fera! Se enganou o marido, sou pela morte. No abismo, na sala, na rua, mas que a mate. Posso lá consentir que, num caso desses, um primo meu, uma pessoa da minha família, do meu sangue, ponha a perdoar como um lamecha! Não! Mata-a! É um princípio de família. Mata-a quanto antes.”
O trecho acima
Leia o trecho abaixo para responder às questões 8 e 9
– Raios me partam, se não houver uma desgraça nesta casa, que há de ser falada em Portugal!
– Quanto quer você pelas cartas, sua ladra? – disse Luísa, erguendo-se direita, diante dela. Juliana ficou um momento interdita.
– A senhora me dá seiscentos mil-réis, ou eu não largo os papéis! – respondeu, empertigando-se.
– Ao inferno! – gritou Juliana. – Ou me dá seiscentos mil réis, ou tão certo como eu estar aqui, seu marido há de ler as cartas.
[…]
Juliana ia se exaltando com a mesma violência de sua voz. E as lembranças das fadigas, das humilhações, vinham atear-lhe a raiva, como achas numa fogueira.
QUEIRÓS, Eça de. O primo Basílio. São Paulo: Ática, 2015. p. 219-220
b) desafia o padrão maniqueísta em que se apresentam os demais personagens, já que, apesar de roubar Luísa, é muito generosa.
c) representa o ponto de vista das classes exploradas que procuram soluções individuais, e não coletivas, para se livrarem da opressão.
d) apresenta o ódio e a inveja como molas propulsoras da revolução social, já que ela defende os interesses de outras empregadas domésticas.
e) personifica a crítica às empregadas domésticas, vistas como seres inferiores e pérfidos, que se aproveitam da intimidade doméstica para destruir a vida dos patrões.
Sobre o conflito apresentado no diálogo transcrito, assinale a alternativa correta:
a) Juliana é forte propulsora do enredo do romance, já que é a partir do roubo das cartas que se estabelece o conflito principal da narrativa.
b) A partir deste diálogo, o conflito aumenta em uma tensão crescente que culmina no crime em que Luísa matará Juliana ao final do romance.
c) O diálogo revela a existência de um conflito doméstico que não apresenta qualquer relação com o contexto social da época.
d) O trecho apresenta o momento em que o conflito entre Luísa e Juliana começa, uma vez que, antes do roubo das cartas, elas eram amigas.
e) As reações de Luísa e Juliana revelam a empatia do autor com a primeira, representando-a como vítima das crueldades da empregada
11(L.P.Truques e Táticas) Ainda no mesmo trecho é possível notar que
1.(L.P.Truques e Táticas) São características do Realismo, exceto:
(A) Personagens semelhantes ao homem comum: insere-se
na literatura a importância
da análise
psicológica
das personagens, refletindo melhor a verdade.
(B) Interpretação da vida através da análise do concreto: é a ciência norteando o conhecimento; só conhecemos aquilo que observamos e
experimentamos.
(C) Objetivismo: aparece como negação do subjetivismo romântico e nos mostra o homem voltado
para aquilo que está
diante e fora dele.
(D) Retratação do passado distante, preferência por paisagens noturnas e melancólicas
(E) O Realismo apresenta os seguintes aspectos:
combate ao Romantismo, o resgate do objetivismo na literatura e
contemporaneidade.
2.(L.P.Truques e Táticas) Sobre o Contexto histórico do Realismo na Europa é incorreto afirmar que
(A) é o período da segunda fase da Revolução Industrial, o que causa
uma mudança radical na sociedade
(B) o cientificismo, ou seja, a análise científica, para ser o ponto de partida
para o desenvolvimento e o progresso.
(C) há o desenvolvimento de importantes teorias para o mundo moderno,
entre elas o Positivismo de Augusto
Comte, a Evolução das Espécies, de Charles
Darwin,
(D) a radicalização do movimento operário se deu a partir do Socialismo de Karl Marx.
(E) Nesse período, não só a ciência como também a filosofia são usadas para explicar a realidade.
3.(L.P.Truques e Táticas) O Crime do Padre Amaro escrita pelo autor Eça de Queiroz no ano de 1875, introduz em Portugal o Realismo-naturalismo. Nessa obra o autor
I. denuncia hipocrisia burguesa religiosa a partir de uma análise minuciosa, social e psicológica, de suas personagens, principalmente de Amaro.
II. Denuncia uma sociedade que estava em crise e desvela o silêncio próprio da época para inaugurar uma discussão que até hoje se faz pertinente, o celibato clerical.
III. critica o pseudomoralismo existente na igreja católica, além de denunciar a hipocrisia da sociedade portuguesa.
IV. mostra a fragilidade de Amaro, já que não consegue manter diante da sociedade sua máscara social de padre, deixando claro na obra a impossibilidade de conciliar uma vida religiosa e amorosa diante de uma sociedade que se deixa conduzir pela moral e pela fé.
Está correto o que se afirma em
(A) I,II e IV
(B) II,III e IV
(C) I,II e III
(D) I, III e IV
(E)
Apenas II
e III
4(L.P.Truques e Táticas) Sobre A OBRA O Crime do padre Amaro é incorreto o que se afirma em:
(A) É uma obra profundamente enraizada no seu tempo e, simultaneamente, repleta de elementos atemporais.
(B) Verossimilhança e crítica social são traços marcantes nessa obra. Essas características mostram um autor preocupado em revelar uma sociedade em crise.
(C) O título da obra direciona o leitor apenas para a quebra do voto de castidade de Amaro, deixando assuntos importantes para a compreensão do enredo em segundo plano.
(D) Há nessa obra um combate ao idealismo romântico que se estabelecia até então, em prol de uma visão mais crítica da sociedade.
(E) Amaro, personagem central da obra, apesar de ser um homem religioso, não era padre por vocação. Essa é uma das causas que o faz transgredir a regra do celibato.
5.Leia o seguinte trecho:
―O seu amor era pois uma infração canônica, não um pecado
da alma: podia desagradar ao senhor chantre, não a Deus;
seria legitimo num sacerdócio de regra mais humana. Lembrava-se
de se fazer protestante: mas onde, como?
Fica claro neste trecho que a escolha
religiosa de Amaro é resultado de, exceto:
a) uma vocação verdadeira
e pessoal
b) uma imposição social
c) uma imposição familiar
d) uma fuga
e) uma oportunidade lucrativa
Questão 6
(L.P.Truques e Táticas) Quando Jorge precisa
viajar por motivos profissionais, alerta Sebastião, seu melhor amigo e
quase vizinho, que zele por Luísa, considerada por ambos como frágil e
ingênua.
Essa visão que
ambos têm de Luísa se confirma na obra? Comente considerando toda a
trajetória
desse personagem no decorrer da obra O primo Basílio. (valor da questão 2,0
)
7.( L.P.Truques e Táticas) Leia o trecho a seguir da obra O primo Basílio de Eça de Queirós
“– Eu, Conselheiro? De modo nenhum. Sou pela morte. Sou inteiramente pela morte. E exijo que a mates, Ernestinho! D. Felicidade acudiu, toda bondosa:
– Deixe falar, Sr. Ledesma. Está a brincar. E ele então que é um coração de anjo!
– Está enganada, D. Felicidade – disse Jorge, de pé diante dela. – Falo sério e sou uma fera! Se enganou o marido, sou pela morte. No abismo, na sala, na rua, mas que a mate. Posso lá consentir que, num caso desses, um primo meu, uma pessoa da minha família, do meu sangue, ponha a perdoar como um lamecha! Não! Mata-a! É um princípio de família. Mata-a quanto antes.”
O trecho acima
(A) Aponta para o final trágico
de Luísa,
pois sua vida teria um desfecho semelhante ao da peça escrita por
Ernestinho.
(B) Mostra que Jorge tem uma opinião
formada sobre o destino da mulher adúltera e no desfecho do
enredo ele se mantém fiel ao que acredita, pois valoriza a fidelidade
como um princípio de família.
(C) “E ele então que é um coração de anjo! ” Nesse momento D. Felicidade usa uma metáfora
com a intenção de fazer uma ironia a Jorge, pois sabe que ele é um
homem traído.
(D) As ideias defendidas por Jorge nesse trecho são coerentes com a
forma como o casamento foi apresentado no enredo da obra e a postura defendida por ele no desfecho, pois é nítida
a crítica
ao moralismo e a hipocrisia das relações, sobretudo em torno
de instituições como o casamento.
(E)
Nesse
momento da narrativa, Jorge foi hipócrita, pois o que ele
fala em relação a fidelidade no casamento não é o
que ele verdadeiramente defende
Leia o trecho abaixo para responder às questões 8 e 9
– A senhora
bem sabe que se eu guardei as cartas, para alguma coisa era! Queria pedir ao
primo da senhora que me ajudasse! Estou cansada de trabalhar, e quero meu
descanso. Não ia fazer escândalo; o que desejava é que
ele me ajudasse… Mandei ao hotel esta tarde… O
primo da senhora tinha desarvorado! Tinha ido para o lado dos Olivais, para o
inferno! E o criado ia à noite com as malas. Mas a senhora pensa que me
logram? – E retomada pela sua cólera, batendo com o punho furiosamente na mesa:
– Raios me partam, se não houver uma desgraça nesta casa, que há de ser falada em Portugal!
– Quanto quer você pelas cartas, sua ladra? – disse Luísa, erguendo-se direita, diante dela. Juliana ficou um momento interdita.
– A senhora me dá seiscentos mil-réis, ou eu não largo os papéis! – respondeu, empertigando-se.
–
Seiscentos mil-réis! Onde quer você que eu vá
buscar seiscentos mil-réis?
– Ao inferno! – gritou Juliana. – Ou me dá seiscentos mil réis, ou tão certo como eu estar aqui, seu marido há de ler as cartas.
[…]
Juliana ia se exaltando com a mesma violência de sua voz. E as lembranças das fadigas, das humilhações, vinham atear-lhe a raiva, como achas numa fogueira.
QUEIRÓS, Eça de. O primo Basílio. São Paulo: Ática, 2015. p. 219-220
O trecho apresenta uma fala de Juliana, personagem que:
a) se diferencia de todos os outros personagens, pois é a única
pessoa que tem boas intenções.
b) desafia o padrão maniqueísta em que se apresentam os demais personagens, já que, apesar de roubar Luísa, é muito generosa.
c) representa o ponto de vista das classes exploradas que procuram soluções individuais, e não coletivas, para se livrarem da opressão.
d) apresenta o ódio e a inveja como molas propulsoras da revolução social, já que ela defende os interesses de outras empregadas domésticas.
e) personifica a crítica às empregadas domésticas, vistas como seres inferiores e pérfidos, que se aproveitam da intimidade doméstica para destruir a vida dos patrões.
Sobre o conflito apresentado no diálogo transcrito, assinale a alternativa correta:
a) Juliana é forte propulsora do enredo do romance, já que é a partir do roubo das cartas que se estabelece o conflito principal da narrativa.
b) A partir deste diálogo, o conflito aumenta em uma tensão crescente que culmina no crime em que Luísa matará Juliana ao final do romance.
c) O diálogo revela a existência de um conflito doméstico que não apresenta qualquer relação com o contexto social da época.
d) O trecho apresenta o momento em que o conflito entre Luísa e Juliana começa, uma vez que, antes do roubo das cartas, elas eram amigas.
e) As reações de Luísa e Juliana revelam a empatia do autor com a primeira, representando-a como vítima das crueldades da empregada
10(L.P.Truques e Táticas) Leia o trecho abaixo da obra
Madame Bovary, do francês Gustave Flaubert.
Mas Charles não tinha nenhuma ambição! Um médico de Yvetot, com quem tivera
ultimamente uma conferência,
chegara mesmo a humilhá-lo,
à
própria
cabeceira do doente, diante da família reunida. Quando Charles lhe contou,
à
noite, o sucedido, Emma levantou a voz, furiosa contra o colega do marido.
Charles enterneceu-se. Beijou-a na testa, com uma lágrima. Mas ela estava exasperada de
vergonha e tinha ganas de Lhe bater; foi abrir a janela do corredor e respirar
o ar fresco para se acalmar.
-
Que pobre homem! Que pobre homem! - dizia ela em voz baixa, mordendo os lábios.
Sentia-se, além disso, mais irritada com ele. Com a
idade, Charles ia adquirindo certos hábitos grosseiros; à sobremesa entretinha-se a cortar as
rolhas das garrafas vazias; depois de comer passava a língua sobre os dentes; quando comia a
sopa, fazia barulho de cada vez que engolia e, como tivesse começado a engordar, os olhos, já de si pequenos, pareciam subir-lhe
para a testa, empurrados pelas bochechas.
FLAUBERT, Gustave. Madame Bovary.
São Paulo:
Abril Cultural, 1970.
No trecho em destaque, o uso do
adjetivo pobre revela que Emma sente
em relação a Charles
(A) compaixão pela forma
como Charles foi tratado pelo médico de Yvetot
(B) frustação por ele não ter revidado à humilhação, além disso, ela o achava medíocre e sem ambição
(C) revolta por ele ter sido humilhado injustamente
(D) encantamento pela forma como ele reagiu à humilhação, calmo,
sem revolta.
(E) Indiferença, pois o
episódio contado
por Charles apenas confirmou a ideia de que ele era um homem vencido pelo
comodismo
11(L.P.Truques e Táticas) Ainda no mesmo trecho é possível notar que
(A)
A vida conjugal de Charles e Emma é apresentada sem idealizações, como evidencia o olhar desencantado da esposa
em relação ao
marido.
(B) Emma parece aos poucos conformar-se com a vida ao lado de Charles,
embora ele se mostre fraco e sem ambição.
(C) Emma vê a falta de ambição de Charles como algo positivo, capaz de torna-lo
bem diferente do médico de Yvetot
(D) O tema do casamento recebe um tratamento semelhante ao que recebera nos
romances românticos, isso fica
claro na forma como Emma defende o marido depois dele ter sido humilhado.
(E) Embora Charles apresentasse alguns comportamentos que não agradavam a Emma, seu caráter elevado suavizava seus os hábitos grosseiros.
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