CENTRO DE ENSINO AMADO JOAQUIM
PROFESSORA RONY FAIETH
ALUNO(a): ____________________________________ Nº ____
TESTE DE LÍNGUA PORTUGUESA
Viagem para fora
Há não tanto tempo assim, uma viagem de ônibus, sobretudo quando noturna, era a oportunidade para um passageiro ficar com o nariz na janela e, mesmo vendo pouco, ou nada, entreter-se com algumas luzes, talvez a lua, e certamente com os próprios pensamentos. A escuridão e o silêncio no interior do ônibus propiciavam um pequeno devaneio, a memória de alguma cena longínqua, uma reflexão qualquer.
Nos dias de hoje as pessoas não parecem dispostas a esse exercício mínimo de solidão. Não sei se a temem: sei que há dispositivos de toda espécie para não deixar um passageiro entregar-se ao curso das idéias e da imaginação pessoal. Há sempre um filme passando nos três ou quatro monitores de TV, estrategicamente dispostos no corredor. Em geral, é um filme ritmado pelo som de tiros, gritos, explosões. É também bastante possível que seu vizinho de poltrona prefira não assistir filme e ao deixar-se embalar pela música altíssima de seu fone de ouvido, que você também ouvirá, traduzida num chiado interminável, com direito a batidas mecânicas de algum sucesso pop. Inevitável, também, acompanhar a variedade dos toques personalizados dos celulares, que vão do latido de um cachorro à versão eletrônica de uma abertura sinfônica de Mozart. Claro que você também se inteirará dos detalhes da vida doméstica de muita gente: a senhora da frente pergunta pelo cardápio do jantar que a espera, enquanto o senhor logo atrás de você lamenta não ter incluído certos dados em seu último relatório. Quando o ônibus chega, enfim, ao destino, você desce tomado por um inexplicável cansaço.
Acho interessantes todas as conquistas da tecnologia da mídia moderna, mas prefiro desfrutar de uma a cada vez, e em momentos que eu escolho. Mas parece que a maioria das pessoas entrega-se gozosa e voluptuosamente a uma sobrecarga de estímulos áudios-visuais, evitando o rumo dos mudos pensamentos e das imagens internas, sem luz. Ninguém mais gosta de ficar, por um tempo mínimo que seja, metido no seu canto, entretido consigo mesmo? Por que se deleitam todos com tantas engenhocas eletrônicas, numa viagem que poderia propiciar o prazer de uma pequena incursão íntima? Fica a impressão de que a vida interior das pessoas vem-se reduzindo na mesma proporção em que se expandem os recursos eletrônicos.
(Thiago Solito da Cruz, inédito)
1. Considerando-se o sentido integral do texto, o título Viagem para fora representa:
(A) uma alusão à exterioridade dos apelos a que se entregam os passageiros.
(B) um específico anseio que o autor alimenta a cada viagem de ônibus.
(C) a nostalgia de excursões antigas, em que todos se solidarizavam.
(D) a importância que o autor confere aos devaneios dos passageiros.
2. Atente para as seguintes afirmações:
I. No primeiro parágrafo, configura-se a tensão entre o desejo de recolhimento íntimo de um passageiro e a agitação de uma viagem noturna.
II. No segundo parágrafo, o cruzamento de mensagens, em diferentes meios de comunicação, é considerado invasivo por quem preferiria entregasse ao curso da imaginação pessoal.
III. No terceiro parágrafo, o autor considera a possibilidade de os recursos da mídia eletrônica e o cultivo da vida serem usufruídos em tempos distintos.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em:
A) I, II e III.
(B) I e II, somente.
(C) II e III, somente.
(D) I e III, somente.
(E) II, somente
3. Na oração “ Há sempre um filme passando nos três ou quatro monitores de TV, estrategicamente dispostos no corredor,” O sujeito é:
a. desinencial
b. inexistente
c. simples
d. indeterminado
4. Destaque os predicados das orações a seguir e classifique-os.
“ ...as pessoas não parecem dispostas a esse exercício mínimo de solidão.”
“você desce tomado por um inexplicável cansaço.”
5. A análise sintática está correta em todas as alternativas, exceto:
a. Em “uma viagem de ônibus”, os termos destacado são adjuntos adnominais.
b. . A escuridão e o silêncio no interior do ônibus propiciavam um pequeno devaneio... os termos destacados são núcleos do sujeito composto.
c. “A senhora da frente pergunta pelo cardápio do jantar que a espera. A oração está na voz ativa
d. Em “uma viagem de ônibus”, o termo em destaque é complemento nominal.
6. Acompanhar a variedade dos toques personalizados. O termo destacado classifica-se como :
a. Objeto direto
b. Objeto indireto
c. Complemento nominal
d. Adjunto adnominal
Leia a tira.
7. A fala de Mafalda no último quadrinho tem a função sintática de:
a. Aposto
b. Predicativo
c. Complemento nominal
d. Objeto indireto
8.Passando a oração “Você já viu o fardo de problemas deste mundo, Filipe?” para a voz passiva analítica, a forma correta é:
a. O fardo de problemas deste mundo será visto por você, Filipe?
b. O fardo de problemas deste mundo foi visto por você, Filipe?
c. O fardo de problemas deste mundo fora visto por você, Filipe?
d. O fardo de problemas deste mundo era visto por você, Filipe?
9.Você já viu o fardo de problemas deste mundo, Filipe? O termo em destaque exerce a mesma função sintática do que está em destaque na opção;
a. Filipe, o filho mais novo de Joana, não gosta de estudar.
b. O filho mais novo de Joana, o Filipe, não gosta de estudar.
c. Filipe, o filho mais novo de Joana não gosta de estudar.
d. O filho mais novo de Joana não gosta de estudar, o Filipe.
10.O predicado na oração “você é sentimental?” é:
a. Predicado verbal, pois o núcleo é um verbo significativo
b. Predicado nominal, pois o apresenta verbo de ligação mais predicativo do objeto
c. Predicado nominal, pois o núcleo é o predicativo do sujeito
d. Predicado verbo-nominal, pois apresenta verbo significativo e predicativo do objeto
11.Há uma análise sintática incorreta em:
a. Salgado é adjunto adnominal de vento
b. No último quadrinho há um sujeito desinencial
c. Saudade é objeto direto da forma verbal tenho
d. “Do vento salgado” é adjunto adnominal.
GABARITO
1 a
2 c
3 b
4. nominal e verbal
5. d
6 a
7 c
8. b
9 c
10 c
11 d
PROFESSORA RONY FAIETH
ALUNO(a): ____________________________________ Nº ____
TESTE DE LÍNGUA PORTUGUESA
Viagem para fora
Há não tanto tempo assim, uma viagem de ônibus, sobretudo quando noturna, era a oportunidade para um passageiro ficar com o nariz na janela e, mesmo vendo pouco, ou nada, entreter-se com algumas luzes, talvez a lua, e certamente com os próprios pensamentos. A escuridão e o silêncio no interior do ônibus propiciavam um pequeno devaneio, a memória de alguma cena longínqua, uma reflexão qualquer.
Nos dias de hoje as pessoas não parecem dispostas a esse exercício mínimo de solidão. Não sei se a temem: sei que há dispositivos de toda espécie para não deixar um passageiro entregar-se ao curso das idéias e da imaginação pessoal. Há sempre um filme passando nos três ou quatro monitores de TV, estrategicamente dispostos no corredor. Em geral, é um filme ritmado pelo som de tiros, gritos, explosões. É também bastante possível que seu vizinho de poltrona prefira não assistir filme e ao deixar-se embalar pela música altíssima de seu fone de ouvido, que você também ouvirá, traduzida num chiado interminável, com direito a batidas mecânicas de algum sucesso pop. Inevitável, também, acompanhar a variedade dos toques personalizados dos celulares, que vão do latido de um cachorro à versão eletrônica de uma abertura sinfônica de Mozart. Claro que você também se inteirará dos detalhes da vida doméstica de muita gente: a senhora da frente pergunta pelo cardápio do jantar que a espera, enquanto o senhor logo atrás de você lamenta não ter incluído certos dados em seu último relatório. Quando o ônibus chega, enfim, ao destino, você desce tomado por um inexplicável cansaço.
Acho interessantes todas as conquistas da tecnologia da mídia moderna, mas prefiro desfrutar de uma a cada vez, e em momentos que eu escolho. Mas parece que a maioria das pessoas entrega-se gozosa e voluptuosamente a uma sobrecarga de estímulos áudios-visuais, evitando o rumo dos mudos pensamentos e das imagens internas, sem luz. Ninguém mais gosta de ficar, por um tempo mínimo que seja, metido no seu canto, entretido consigo mesmo? Por que se deleitam todos com tantas engenhocas eletrônicas, numa viagem que poderia propiciar o prazer de uma pequena incursão íntima? Fica a impressão de que a vida interior das pessoas vem-se reduzindo na mesma proporção em que se expandem os recursos eletrônicos.
(Thiago Solito da Cruz, inédito)
1. Considerando-se o sentido integral do texto, o título Viagem para fora representa:
(A) uma alusão à exterioridade dos apelos a que se entregam os passageiros.
(B) um específico anseio que o autor alimenta a cada viagem de ônibus.
(C) a nostalgia de excursões antigas, em que todos se solidarizavam.
(D) a importância que o autor confere aos devaneios dos passageiros.
2. Atente para as seguintes afirmações:
I. No primeiro parágrafo, configura-se a tensão entre o desejo de recolhimento íntimo de um passageiro e a agitação de uma viagem noturna.
II. No segundo parágrafo, o cruzamento de mensagens, em diferentes meios de comunicação, é considerado invasivo por quem preferiria entregasse ao curso da imaginação pessoal.
III. No terceiro parágrafo, o autor considera a possibilidade de os recursos da mídia eletrônica e o cultivo da vida serem usufruídos em tempos distintos.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em:
A) I, II e III.
(B) I e II, somente.
(C) II e III, somente.
(D) I e III, somente.
(E) II, somente
3. Na oração “ Há sempre um filme passando nos três ou quatro monitores de TV, estrategicamente dispostos no corredor,” O sujeito é:
a. desinencial
b. inexistente
c. simples
d. indeterminado
4. Destaque os predicados das orações a seguir e classifique-os.
“ ...as pessoas não parecem dispostas a esse exercício mínimo de solidão.”
“você desce tomado por um inexplicável cansaço.”
5. A análise sintática está correta em todas as alternativas, exceto:
a. Em “uma viagem de ônibus”, os termos destacado são adjuntos adnominais.
b. . A escuridão e o silêncio no interior do ônibus propiciavam um pequeno devaneio... os termos destacados são núcleos do sujeito composto.
c. “A senhora da frente pergunta pelo cardápio do jantar que a espera. A oração está na voz ativa
d. Em “uma viagem de ônibus”, o termo em destaque é complemento nominal.
6. Acompanhar a variedade dos toques personalizados. O termo destacado classifica-se como :
a. Objeto direto
b. Objeto indireto
c. Complemento nominal
d. Adjunto adnominal
Leia a tira.
7. A fala de Mafalda no último quadrinho tem a função sintática de:
a. Aposto
b. Predicativo
c. Complemento nominal
d. Objeto indireto
8.Passando a oração “Você já viu o fardo de problemas deste mundo, Filipe?” para a voz passiva analítica, a forma correta é:
a. O fardo de problemas deste mundo será visto por você, Filipe?
b. O fardo de problemas deste mundo foi visto por você, Filipe?
c. O fardo de problemas deste mundo fora visto por você, Filipe?
d. O fardo de problemas deste mundo era visto por você, Filipe?
9.Você já viu o fardo de problemas deste mundo, Filipe? O termo em destaque exerce a mesma função sintática do que está em destaque na opção;
a. Filipe, o filho mais novo de Joana, não gosta de estudar.
b. O filho mais novo de Joana, o Filipe, não gosta de estudar.
c. Filipe, o filho mais novo de Joana não gosta de estudar.
d. O filho mais novo de Joana não gosta de estudar, o Filipe.
10.O predicado na oração “você é sentimental?” é:
a. Predicado verbal, pois o núcleo é um verbo significativo
b. Predicado nominal, pois o apresenta verbo de ligação mais predicativo do objeto
c. Predicado nominal, pois o núcleo é o predicativo do sujeito
d. Predicado verbo-nominal, pois apresenta verbo significativo e predicativo do objeto
11.Há uma análise sintática incorreta em:
a. Salgado é adjunto adnominal de vento
b. No último quadrinho há um sujeito desinencial
c. Saudade é objeto direto da forma verbal tenho
d. “Do vento salgado” é adjunto adnominal.
GABARITO
1 a
2 c
3 b
4. nominal e verbal
5. d
6 a
7 c
8. b
9 c
10 c
11 d
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