CENTRO
DE ENSINO AMADO JOAQUIM
PROFESSORA:
RONY FAIETH F. PASSINHO
ALUNO:
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TESTE
DE LÍNGUA PORTUGUESA
Internet e a importância da imprensa
Este artigo não é sobre a pornografia no
mundo virtual nem tampouco sobre os riscos de as redes sociais empobrecerem o
relacionamento humano. Trata de um dos aspectos mais festejados da internet: o
empowerment (“empoderamento”, fortalecimento) do cidadão proporcionado pela
grande rede.
É a primeira vez na História em que
todos, ou quase todos, podem exercer a sua liberdade de expressão, escrevendo o
que quiserem na internet. De forma instantânea, o que cada um publica está
virtualmente acessível aos cinco continentes. Tal fato, inimaginável décadas
atrás, vem modificando as relações sociais e políticas: diversos governos
caíram em virtude da mobilização virtual, notícias antes censuradas são agora
publicadas na rede, etc. Há um novo cenário democrático mais aberto, mais
participativo, mais livre.
E o que pode haver de negativo nisso
tudo? A facilidade de conexão com outras pessoas tem provocado um novo fenômeno
social. Com a internet, não é mais necessário conviver (e conversar) com pessoas
que pensam de forma diferente. Com enorme facilidade, posso encontrar
indivíduos “iguais” a mim, por mais minoritária que seja a minha posição.
O risco está em que é muito fácil aderir
ao seu clube” e, por comodidade, quase sem perceber, ir se encerrando nele. Não
é infrequente que dentro dos guetos, físicos ou virtuais, ocorra um processo
que desemboca no fanatismo e no extremismo.
Em razão da ausência de diálogo entre
posições diversas, o ativismo na internet nem sempre tem enriquecido o debate
público. O empowerment digital é frequentemente utilizado apenas como um
instrumento de pressão, o que é legítimo democraticamente, mas, não raras
vezes, cruza a linha, para se configurar como intimidação, o que já não é tão
legítimo assim...
A
internet, como espaço de liberdade, não garante por si só a criação de
consensos nem o estabelecimento de uma base comum para o debate.
Evidencia-se, aqui, um ponto importante.
A internet não substitui a imprensa. Pelo contrário, esse fenômeno dos novos
guetos põe em destaque o papel da imprensa no jogo democrático. Ao selecionar o
que se publica, ela acaba sendo um importante moderador do debate público.
Aquilo que muitos poderiam ver como uma limitação é o que torna possível o
diálogo, ao criar um espaço de discussão num contexto de civilidade
democrática, no qual o outro lado também é ouvido.
A racionalidade não dialogada é
estreita, já que todos nós temos muitos condicionantes, que configuram o nosso
modo de ver o mundo. Sozinhos, nunca somos totalmente isentos, temos sempre um
determinado viés. Numa época de incertezas sobre o futuro da mídia, aí está um
dos grandes diferenciais de um jornal em relação ao que simplesmente é
publicado na rede.
Imprensa e internet não são mundos paralelos:
comunicam-se mutuamente, o que é benéfico a todos. No entanto, seria um
empobrecimento democrático para um país se a primeira página de um jornal fosse
simplesmente o reflexo da audiência virtual da noite anterior. Nunca foi tão
necessária uma ponderação serena e coletiva do que será manchete no dia
seguinte.
O perigo da internet não está
propriamente nela. O risco é considerarmos que, pelo seu sucesso, todos os
outros âmbitos devam seguir a sua mesma lógica, predominantemente quantitativa.
O mundo contemporâneo, cada vez mais intensamente marcado pelo virtual,
necessita também de outros olhares, de outras cores. A internet, mesmo sendo
plural, não tem por que se tornar um monopólio.
(CAVALCANTI, N. da Rocha.
Jornal “O Estado de S. Paulo”, 12/05/14, com adaptações.)
01.De acordo com o texto, em relação à internet, a
importância da imprensa está direcionada essencialmente:
a)
ao papel no jogo democrático, como moderador do debate público, tornando
possível o diálogo e criando espaços de discussão em contexto de civilidade.
b)
à criação de um novo cenário democrático que permita a todos uma participação
mais livre e aberta.
c)
à busca de consensos nos debates virtuais para que se reverta a situação de
ausência de diálogo na internet.
d)
ao esforço no sentido de levar a internet, uma tecnologia de comunicação
instantânea, extremamente plural, a se tornar um monopólio.
02.Ao tratar do “empowerment ” do cidadão
proporcionado pela grande rede, o texto faz referência não só a aspectos
positivos, mas também a riscos da internet. Entre estes está o risco de a
internet:
a)
configurar-se como um grande “clube” ao qual os usuários, por comodidade, quase
sem perceber, se tornem associados.
b)
levar as pessoas a se isolarem em seu mundo particular, impossibilitando o
diálogo e empobrecendo o debate público.
c)
condicionar o modo de ver o mundo numa direção única, ampliando as margens de
possibilidade de diálogo entre as pessoas.
d)
vir a tornar-se centralizadora, impondo-se a outras formas de comunicação, em
que pese sua natureza diversificada.
“Trata de um dos aspectos mais festejados da
internet...”
03. De acordo com a sintaxe do texto, o termo em
função de sujeito em relação ao verbo da oração transcrita acima é:
a) “o relacionamento humano.” b) “Este artigo.”
c) “a pornografia.” d) “no mundo
virtual.”
e) “o empowerment.”
E o que
pode haver de negativo nisso tudo? A facilidade de conexão com outras pessoas
tem provocado um novo fenômeno social. Com a internet, não é mais necessário
conviver com pessoas que pensam de forma diferente.
04. O trecho acima é composto por:
a. Três orações b. Quatro
orações
c. Cinco orações d. Seis
orações
I. Imprensa e internet não são mundos
paralelos
II. Com enorme facilidade, posso encontrar
indivíduos “iguais” a mim...
III. Sozinhos, nunca somos totalmente isentos,
temos sempre um determinado viés.
05.
A análise das orações acima está sintaticamente correta, exceto em:
a. A II e a III apresentam sujeito oculto
b. Na III, o predicado da 1ª oração é
nominal e da 2ª é verbal.
c. Na I o sujeito é composto e o predicado
é nominal
d. Na I o sujeito é composto e o predicado
é verbal
06. A racionalidade não dialogada é estreita, já
que todos nós temos muitos
condicionantes. O termo destacado tem a mesma função do que está em
destaque em:
a.
Trata de um dos aspectos mais festejados
da internet b. A racionalidade não
dialogada é estreita
c....
necessita também de outros olhares... d. A internet não substitui a imprensa
07. Use o seu guardanapo. O termo sublinhado tem o mesmo valor sintático do que está em destaque em:
a. Helga não gosta dos maus hábitos de Hagar b. Helga serviu a refeição com rispidez.
b. Hagar não obedece à ordem de Helga d. Helga estava irritada
08. Analisando a tira conclui-se que:
I. O sujeito da oração do 1º e 3º quadrinho
tem o mesmo referente (Hagar), mas em cada enunciado há uma classificação
diferente.
II. I. O
sujeito do 1º quadrinho é oculto, do 3º
é simples
III. No 3º quadrinho o predicado é verbal,
assim como no 1º, pois os verbos usar e comer são nocionais
Está
correto o que se afirma em:
a. I somente b. I
e II c. I, II
e III d. I
e III
9. A oração “Não havia guardanapo nas mãos de Hagar”
apresenta em sua estrutura:
a. sujeito
indeterminado b. oração sem sujeito
c. sujeito
oculto d. Alguém é núcleo
do sujeito
10. Helga
considerou Hagar deselegante. Analise sintaticamente essa oração e indique:
a. tipo de sujeito: b. tipo de
predicado: c. tipo de
complemento verbal:
GABARITO:
1A
2D
3B
4B
5D
6D
7B
8C
9B
10 a.sujeito simples b. predicado verbo-nominal c. objeto direto
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