BEM-VINDOS AO BLOG DA PROFESSORA RONY FAIETH.


Caso seja necessário copiar as questões elaboradas pela autora desta página, faça de forma que não haja exclusão do nome do blogger.
Agradeço a compreensão.



Qualquer dúvida relacionada aos conteúdos deste blogger entre em contato pelo endereço
ronyfaieth@hotmail.com.
















quarta-feira, 26 de setembro de 2012

PROVA SOBRE FERNANDO PESSOA E HETERÔNIMOS


TEXTO A
[...]
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
[...]
TEXTO B
Sou um guardador de rebanhos
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
[...]


Esses trechos fazem parte de  poemas que  são atribuídos a Alberto Caeiro, um dos heterônimos de Fernando Pessoa.
a)      O que caracteriza esse heterônimo?
b)      O que há de comum nesses dois poemas? Justifique a sua resposta.
2.  Apropriando-se da temática de Ricardo Reis, discorra sobre os trechos a seguir estabelecendo comparações entre eles.


TEXTO I
Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassossegos grandes.
[...]
TEXTO II
Só o ter flores pela vista fora
Nas áleas largas dos jardins exatos
Basta para podermos
Achar a vida leve.

De todo o esforço seguremos quedas
As mãos, brincando, pra que nos não tome
Do pulso, e nos arraste.
E vivamos assim,

Buscando o mínimo de dor ou gozo,
Bebendo a goles os instantes frescos,
[...]


3.Leia o texto de fernando pessoa e  dê uma interpretação coerente a última estrofe.
O AMOR QUANDO SE REVELA



O amor, quando se revela,
não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
mas não lhe sabe falar.

[...]
Mas quem sente muito, cala;
quem quer dizer quanto sente
fica sem alma nem fala,
fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
o que não lhe ouso contar,
já não terei que falar-lhe
porque lhe estou a falar...


4.O texto a seguir pertence ao autor português Mário de Sá Carneiro.
É possível estabeler comparações entre a vida do autor e o poema  Dispersão? Justifique.


Perdi-me dentro de mim
Porque eu era labirinto,
E hoje, quando me sinto,
É com saudades de mim.
[...]
Passei pela minha vida
Um astro doido a sonhar.
Na ânsia de ultrapassar,
Nem dei pela minha vida...
[...]
Não sinto o espaço que encerro
Nem as linhas que projeto:
Se me olho a um espelho, erro —
Não me acho no que projeto.
[...]
Eu tenho pena de mim,
Pobre menino ideal...
Que me faltou afinal?
Um elo? Um rastro?... Ai de mim!...




5. Fernando Pessoa, o mais importante escritor modernista português, famoso pela sua original capacidade de criar heterônimos, ou seja, poetas dotados de autenticidade. É como se o poeta se desdobrasse em vários outros. Esse desdobramento permite diferentes maneiras de ver e interpretar o mundo. A partir dessa afirmação comente sobre a produção literária dos principais heterônimos de Fernando Pessoa.


6.Leia um trecho de Tabacaria.

Come chocolates,  pequena;

Come chocolates!

[...]

Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!

Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata que é de folha de estanho,

Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.

[...]

Fiz de mim o que eu não soube,

E o que eu podia fazer de mim não fiz

O dominó que vesti era errado.


 No trecho de Tabacaria, o eu lírico se depara com uma criança e se dirige a ela com modo exclamativo: come chocolates pequena/ come chocolates! Com essa frase o eu lírico incentiva a criança a:

a. Desfrutar prazeres de maneira espontânea, sem preocupações.

b. Desprezar as pessoas que sofrem com desilusões da existência.

c. encarar a vida de maneira irresponsável

d. Desfrutar o momento com responsabilidade


7. Ainda dirigindo-se a criança, o eu lírico lamenta-se: pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes! Por que o eu lírico é incapaz de agir como a criança?

8. Associe os versos aos heterônimos de Fernando Pessoa

a.” Eu não tenho filosofia, tenho sentidos

Se falo na natureza não é porque saiba o que ela é,

Mas porque a amo, e amo-a por isso,

Porque quem ama nunca sabe o que ama

Nem sabe porque ama, nem o que é amar...”


b. “Segue o teu destino

rega as tuas plantas

Ama as tuas rosas

O resto é sombra

De árvores alheias”


c. “Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, as vontades

Assim, como sou, tenham paciência!

Vão para o diabo sem mim,

Ou deixe-me ir sozinho para o diabo!

Para que havemos de ir juntos?”

GABARITO
  1. questão: Alberto Caeiro é o poeta das sensações. Para ele basta usar os órgãos dos sentidos. É isso que ele valoriza, como o próprio diz em um dos seus poemas" eu não tenho filosofia, tenho sentidos" . Os dois textos são semelhantes pela maneira como ele percebe o mundo, pelos sentidos.
  2. O eu lírico mostra como é possível aproveitar os momentos felizes e evitar os sofrimentos,  nos aconselha evitar as dores e saborear os instantes de felicidade.  É certo que a vida passa, então que saibamos passá-la sem desassossego grandes.
  3. Esse texto fala sobre a dificuldade de se externar os sentimentos. mas se esse calar revelar todo o sentimento, já não precisam palavras, apenas os gestos revelam o sentir.
  4. Sim. o autor teve uma vida cheia de conflitos interiores, o que o levou a cometer suicídio ainda muito jovem. Nesse texto percebe-se a dificuldade de compreender-se, o eu lírico se sente perdido em seu próprio mundo.
  5. Essa questão pede que se fale a respeito do estilo e temática de cada heterônimo, dos mais conhecidos: Alberto Cairo, Álvaro de Campos e Ricardo Reis.
  6. a
  7. O eu lírico tem as preocupações de um adulto, enquanto a criança é inocente, espontânea.
  8. a. Alberto Caeiro, b.Ricardo Reis c. Álvaro de Campos




Aluno (a): _________________ Nº ______

Professora: Rony Faieth


6 comentários:

  1. muito boa sua atividade, mas cadê o gabarito?

    ResponderExcluir
  2. Quer tudo fácil, não é "Anônimo".. hehe

    ResponderExcluir
  3. Bom dia! Achei sua prova sobre Fernando Pessoa ótima. Por favor, me envie o gabarito.
    Desde já agradeço.

    veroilza@hotmail.com

    ResponderExcluir
  4. Por favor me envie o gabarito. Amei suas atividades!
    veroilza@hotmail.com

    ResponderExcluir

Powered By Blogger