a. Basílio e Luisa, personagens de O primo Basílio. Aquele se assemelha às personagens dos romances românticos, esta mais realista, forte e dominadora de qualquer situação.
b. Jorge, marido traído, não conseguiu perdoar Luíza. Via na morte dela o resgate da sua reputação.
c. Luísa, mulher romântica, deixou-se seduzir por Basílio, pois acreditou que eles viveriam um grande amor e seriam felizes.
d. Os amigos do casal Jorge e Luísa eram pessoas que agiam por interesses, falsas, mas foram desmascaradas no final da obra.
2..Sobre a obra de Eça de Queiroz, O primo Basílio, destaque a alternativa incorreta.
a. a obra não “romantiza” a paixão de Luísa por Basílio; ao contrário, o tom irônico do narrador é claramente perceptível o tempo todo.
b. No final, o cinismo de Basílio se revela plenamente, quando, ao saber da morte da prima Luísa, lamenta apenas a perda de uma mulher que seria um bom passatempo quando ele estivesse em Lisboa
c. Critica o romantismo que enche a cabeça de Luísa de futilidades e devaneios, tirando-a da realidade e jogando-a nos braços do primeiro sedutor que aprece à sua frente, assim que se vê sozinha.
d. Juliana não vivia a espreitar Luísa, mas recolhe uns rascunhos e guarda. Depois, consegue pegar duas cartas de Basílio para Luísa. Pura coincidência. Depois da posse dessas provas do adultério, vem a ideia de chantagear Luísa, exigindo dinheiro para ficar quieta.
3. No início do romance, Jorge assume uma posição bem clara com relação à mulher adúltera. Explique qual era essa posição e em que circunstância ele expressou sua opinião. Depois, considerando o final do romance, explique se o seu comportamento foi coerente com essa opinião inicial.
4. Para os escritores realistas, a literatura devia ser um estudo do ser humano e da sociedade, um estudo baseado na observação da realidade, sem a interferência dos sentimentos e das emoções. Por meio de seus romances, os escritores queriam defender uma tese, demonstrar uma hipótese. Com base na obra O primo Basílio, explique a tese do autor a respeito do casamento burguês.
5.Comente sobre a atualidade da obra. A história de Luísa poderia ocorrer nos dias
de hoje?
6. Juliana representa o seguinte tipo social:
A. representa uma classe desfavorecida que é humilhada e para conseguir algo se apega a qualquer artifício;
B. representa a mulher batalhadora e desprovida de qualquer interesse alheio;
C. representa a ignorância da população menos privilegiada economicamente que, entretanto, tem comportamento moral equivalente ao cidadão mais prestigiado.
D. representa o comodismo das pessoas em querer a ascensão social
7. .(UNIBAN) Assinale a alternativa que não indica um tema abordado em O primo Basílio, de Eça de Queirós:
a) Crítica aos valores fantasiosos divulgados pela literatura romântica.
b) Apresentação da condição das classes pobres submetidas às injustiças sociais.
c) Condenação da hipocrisia, ociosidade e da superficialidade que caracterizam a vida burguesa.
d) Valorização das crenças religiosas, da simplicidade e honestidade, princípios tradicionais que regem a vida dos homens de bem.
8. (PUC-SP)
Indique a alternativa que não condiz com o romance O primo Basílio, de Eça de Queirós.
a) É uma obra realista que retoma os ideais românticos para contar da vida conjugal de Jorge e Luísa.
b) Apresenta como tema central o adultério, nas personagens de Luísa e Basílio.
c) Mostra-se como uma lente de aumento sobre a intimidade das famílias e revela criticamente a pequena burguesia do fim do século XIX em Lisboa.
d) Ataca instituições sociais como a família, a Igreja, a escola e o Estado, sempre com a preocupação de fazer um vasto inquérito da sociedade portuguesa e moralizar os costumes da época.
e) Caracteriza-se por ironia fina e humor na composição das personagens.
9. (POLI) Vejamos um trecho de O Primo Basílio, de Eça de Queirós, que descreve a personagem Juliana:
A necessidade de se constranger trouxe-lhe o hábito de odiar: odiou sobretudo as patroas, com um ódio irracional e pueril. Tivera-as ricas, com palacetes, e pobres, mulheres de empregados, velhas e raparigas, coléricas e pacientes; - odiava-as a todas, sem diferença. É patroa e basta! pela mais simples palavra, pelo ato mais trivial! Se as via sentadas: - Anda, refestela-te, que a moura trabalha! Se as via sair: - Vai-te, a negra cá fica no buraco! Cada riso delas era uma ofensa à sua tristeza doentia; cada vestido novo uma afronta ao seu velho vestido de merino tingido. Detestava-as na alegria dos filhos e nas propriedades da casa. Rogava-lhes pragas. Se os amos tinham um dia de contrariedade, ou via as caras tristes, cantarolava todo o dia em voz de falsete a Carta Adorada! (Eça de Queirós, O Primo Basílio. São Paulo: Ateliê, 1998.)
10.Sobre o trecho e a obra, assinale a INCORRETA:
a) Juliana trabalha na casa de Luísa e Jorge e esse trecho retrata como se sentia injustiçada por sua condição social.
b) No trecho "A necessidade de se constranger trouxe-lhe o hábito de odiar" podemos observar o pensamento determinista, uma vez que a condição social de Juliana obrigava-a a servir aos outros e, em conseqüência, passou a odiar os patrões.
c) Em "cada vestido novo uma afronta ao seu velho vestido de merino tingido" notamos o olhar do narrador que, através desse jogo de oposições, chama a atenção para a injustiça social.
d) No trecho "É patroa e basta!" poderíamos imaginar que a voz de Juliana mistura-se ao discurso do narrador.
e) Quando o narrador apresenta "cantarolava todo o dia em voz de falsete a Carta Adorada!", o nome da música foi escolhido aleatoriamente e não apresenta relação com o destino da personagem.